V.tal fecha 2022 com prejuízo de R$ 443 milhões, mas sinaliza expansão da rede de fibra
A V.tal divulgou, na segunda-feira, 10, os resultados financeiros do ano de 2022. Segundo o balanço, a empresa de rede neutra teve prejuízo líquido de R$ 443,34 milhões no ano passado. Apesar de negativo, o resultado aponta perdas menos intensas do que as registradas em 2021, quando a companhia registrou prejuízo de R$ 719,14 milhões.
A receita líquida, por outro lado, cresceu 65,26% em 2022, atingindo R$ 4,96 bilhões. No ano anterior, o faturamento líquido tinha somado pouco mais de R$ 3 bilhões.
O passivo total (circulante e não circulante), ao fim do ano passado, ficou em R$ 11,23 bilhões. O valor representa uma alta de 47,76% na comparação com o exercício de 2021, quando as obrigações com terceiros somavam R$ 7,60 bilhões.
O patrimônio líquido, por sua vez, teve alta de 125%, passando de R$ 10,84 bilhões, em 2021, para R$ 24,50 bilhões, em 2022. A dívida líquida, todavia, chegou a R$ 1,09 bilhão.
Para todos os indicadores, no balanço financeiro, a V.tal afirma que os “valores não são comparáveis, em razão da reorganização e da contribuição de ativos necessárias à formação da UPI InfraCo e à conclusão da respectiva operação”.
Em junho do ano passado, a Oi, como parte de sua primeira recuperação judicial, concluiu a venda de parte da InfraCo (antigo nome da V.tal) ao banco BTG Pactual. Atualmente, a operadora detém 34% das ações da empresa de infraestrutura de fibra óptica, participação que, segundo o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, a tele não pode se desfazer no momento.
“A administração da companhia entende que a posição patrimonial, resultados das operações e fluxos de caixa da companhia poderiam ter sido diferentes daqueles apresentados em suas demonstrações financeiras históricas, caso a companhia viesse operando em um modelo de rede neutra desde 2019, por exemplo”, avalia a V.tal, no balanço de 2022.
Operações
A V.tal informou que conta com uma rede de fibra de mais de 456 mil km, com aproximadamente 20 milhões de casas passadas (home passed) em 2,3 mil cidades brasileiras. Além disso, até o fim do ano passado, a empresa já tinha fechado mais de 70 contratos com operadoras de escala nacional ou regional de serviços de banda larga.
A companhia também sinalizou que, ao longo de 2023, pretende investir na expansão e no desenvolvimento de sua rede de fibra no País, com os objetivos de ampliar a capilaridade da rede e as velocidades disponibilizadas aos clientes. Iniciativas que permitam a expansão das áreas de atacado e de data center também estão nos planos de investimento para este ano, segundo o documento.