Leilão 5G será decisivo para retomada dos fornecedores de infraestrutura em 2021

Expectativa dos fabricantes é crescer 10% em 2021, com aumento das vendas em função da demanda por equipamentos para redes móveis 5G

O próximo leilão de frequências da Anatel vai ser fundamental para a indústria de equipamentos de telecom ter algum alento em 2021, depois de um 2020 difícil. Conforme dados divulgado hoje, 10, pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), as vendas dos fornecedores de infraestrutura para redes caíram 9% neste ano, em relação a 2019.

A retração se deveu ao menor investimento das operadoras locais. Pelas contas de Aluizio Byrro, vice-diretor de telecomunicações da entidade, as teles vão terminar 2020 com retração de 10% no Capex. Somados, os investimentos em redes móveis de Algar, Claro, Oi, TIM e Vivo devem chegar a R$ 30 bilhões até o dia 31 de dezembro.

“Até setembro, as operadoras tiveram um Capex acumulado de R$ 21,2 bilhões. Ano passado, o total foi de R$ 33 bilhões. Mesmo que elas invistam R$ 9 bilhões até o final do ano, teremos o mesmo número de 2018. Para 2021, esperamos que o gasto passe dos R$ 30 bilhões estimados deste ano para R$ 33 bilhões”, relatou o executivo durante encontro virtual com a imprensa.

Segundo Byrro, a data de realização do leilão 5G pela Anatel será decisivo para o crescimento da indústria de infraestrutura no próximo ano por antecipar a atualização dos sistemas. Se o certame ocorrer já no primeiro semestre, como desejam governo e reguladora, as operadoras já vão implementar rede no segundo semestre. Mas se o leilão for adiado, também fica para depois o incremento nas vendas.

“Nós prevemos algum faturamento em 5G se o leilão acontecer no primeiro semestre, mas se não acontecer, os investimentos virão apenas em 2022”, afirmou.

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Rafael Bucco

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