Lei do teto emperra gasto do MCTIC

"Estamos quase no osso", diz o ministro Gilberto Kassab. E completa: "Com essa Lei do Teto, vamos ter muitas dificuldades".

seta-negativo-executivo-caindo-quedaO Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) está em situação de penúria. A pasta precisa de ao menos de R$ 2,2 bilhões para honrar compromissos até o final do ano. E para 2018, precisará que a União acrescente mais R$ 1,2 bilhão a seu orçamentos para que programas de pesquisa, institutos e outras iniciativas da pasta continuem funcionando.

O ministério teve um corte de 44% no orçamento este ano, em relação a 2016, novo corte, de igual proporção, está previsto para o ano que vem. A situação se agravou com a aprovação da Lei do Teto, que congelou os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos.

“Ou o governo vende patrimônio com privatizações, ou faz programas que agreguem mais recursos. Porque com essa Lei do Teto nós vamos ter muitas dificuldades”, diz Gilberto Kassab, ministro do MCTIC.

Convecimento

Segundo ele, é preciso convencer a área econômica do governo da importância de liberar recursos para Ciência, Inovação e Tecnologia.

“Ano passado o governo conseguiu atender nosso ministério, e fechamos bem o ano. Este ano tenho expectativa de que a equipe econômica consiga ter o mesmo sentimento em relação a nossa área e para que alguns projetos possam ter continuidade”, afirma.

Caso o dinheiro não sai, projetos em todo o país vão parar por falta de recursos. “Foi cortado muito nos últimos anos, muito. Estamos quase no osso. Se esses recursos vierem, serão de extrema importância. Se não vierem, teremos muitas dificuldades, porque são trabalhos em todos os cantos do Brasil, dentro e fora da universidade, milhares de bolsas de estudos do CNPq, centenas de projetos apoiados pela Finep. Mas a equipe econômica, por enquanto, tem sido sempre solidária”, conclui.

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Rafael Bucco

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