Lavore Mio: Diploma imune a fraude
DIPLOMA MIO
3º Lugar
Categoria Startups Digitais
Empresa: Lavore Mio
[O Tele.Síntese publica ao longo das próximas semanas as reportagens publicadas no Anuário Tele.Síntese de Inovação 2022, editado no final do ano passado e que pode ser baixado na íntegra e gratuitamente aqui]
Em meio a implementação do Diploma Digital pelo Ministério da Educação, novas soluções chegam ao mercado complementando a iniciativa do MEC para outras instituições educacionais. O Diploma Mio, desenvolvido pela startup Lavore Mio com o apoio do CPQD no âmbito de um projeto Embrapii, usa a tecnologia blockchain para gerenciar diplomas, microcredenciais, crachás digitais e certificados em um único local.
A principal vantagem é trazer mais confiança no processo de emissão, armazenamento e verificação de diferentes tipos de certificados para o setor de educação, mitigando a quantidade de fraudes. Oferece mais segurança quando o certificado é apresentado pelo portador, uma vez que o verificador, como o RH de uma empresa, atesta a veracidade do documento na blockchain.
O aplicativo Diploma Mio funciona como um portfólio pessoal que captura e armazena as evidências de aprendizado dos usuários e dá a eles autonomia para compartilhá-las com segurança, verificabilidade e rastreabilidade com potenciais empregadores e instituições de ensino.
A Lavore Mio foi fundada em 2020 pelos sócios Paulo Miri, diretor-executivo, e Rodrigo Brites, responsável por RH e comunicação, com apoio dos investidores-anjo Mauricio Conti e Valêncio Garcia. “Em 2020, cerca de 42 mil cursos de graduação foram ofertados em quase 2,5 mil instituições de ensino superior no Brasil e quase 1,3 milhão de estudantes concluíram esses cursos. O número estimado de cursos livres é dez vezes maior que este”, projeta Miri.
Ele informa que o modelo de negócio poderá ter como clientes/parceiros empresas de verificação e companhias contratantes de mão de obra. A Lavore Mio oferece uma plataforma Web para que instituições enviem as informações e está trabalhando para se integrar ao MEC.
“O aluno pode entrar pelo aplicativo e baixar na carteira o diploma MEC e os certificados das instituições clientes. Os empregadores também podem ser clientes e combinar os empregos diretamente com os conjuntos de habilidades verificadas dos usuários”, completa Miri.
A solução utiliza o conceito de identidade digital descentralizada (IDD), também conhecida como identidade digital autossoberana (SSI), nova geração de sistemas de identidade digital. Trata-se de um conceito emergente que tem por objetivo criar uma organização autônoma descentralizada (DAO) onde usuários, instituições e empregadores estão conectados podendo criar regras e tomar decisões sobre capacitação de forma autônoma e codificadas na blockchain. (Carmen Nery)