Juros do cartão de crédito chegam a incríveis 490,5%, informa BC

Em 12 meses, o aumento é de 71,4 pontos porcentuais.
Juros do cartão de crédito sobem. Crédito-Freepik
É a maior taxa dos últimos seis anos. Crédito-Freepik

Os juros do cartão de crédito são os maiores desde 2017, informou hoje, o Banco Central. Conforme o relatório divulgado, a taxa atingiu 490,3%, subindo quase 13,1 ponto percentuais na passagem de fevereiro para março. Em 12 meses, o aumento é de 71,4 pontos porcentuais.

Ainda no cartão de crédito, os juros médios do parcelado também subiram, de 189,6% para 192,0% ao ano (+2,6 p.p.). Considerando os juros totais do cartão (rotativo e parcelado), a taxa média passou de 101,6% para 101,7% (+0,1 p.p.).

Desde abril de 2017, há uma regra que obriga os bancos a transferirem a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos, após um mês. O objetivo seria que os juros do rotativo recuassem, pois o risco de inadimplência em tese cairia com a migração para o parcelado.

Já a taxa do cheque especial caiu 5,1 ponto percentual, de 134,2% ao ano para 129,1% ao ano.

Saldo do Crédito

Já o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$15,0 trilhões (147,6% do PIB), crescendo 0,5% no mês, devido principalmente às altas dos saldos dos títulos de dívida pública, 0,8%, e privada, 2,9%, e dos empréstimos do SFN (Sistema Financeiro Nacional), 0,8%. Esse crescimento foi contrabalanceado pela redução dos empréstimos da dívida externa, 1,9%, impactados pela apreciação cambial de 2,5%. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 11,4%, prevalecendo as elevações da carteira de empréstimos do SFN, 12,2%, e dos títulos de dívida, 11,1%.

O crédito ampliado a empresas atingiu R$5,3 trilhões (51,8% do PIB), elevação de 0,3% no mês, influenciada principalmente pela alta dos títulos de dívida privados, 2,9%, contrabalançado pela redução dos empréstimos da dívida externa, 1,8%. Em relação a março de 2022, a expansão de 15,7% do crédito ampliado a empresas refletiu principalmente os aumentos de 36,5% em títulos de dívida e de 14,2% na carteira de empréstimos da dívida externa.

(com assessoria do BC)

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Da Redação

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