IX.br São Paulo: o maior do mundo em tráfego e participantes
O ponto de troca de tráfego de São Paulo do IX.br se tornou o maior do mundo em troca de tráfego e número de participantes, conforme lista da União Internacional de Telecomunicações (UIT) divulgada hoje, 6. O PTT do Rio de Janeiro, por sua vez, é o décimo em trânsito de dados.
A UIT divulgou seu Relatório de Conectividade Global 2022, no qual traz diversas análises sobre a conectividade, seu papel social e o quanto precisa melhorar nos países que integram a ONU.
O Brasil se destacou como gerador de tráfego. O próprio IX.br, ligado ao CGI.br, já havia informado o recorde de pico em dezembro, mas a lista da UIT confirma que São Paulo se tornou o maior do planeta. O tráfego gerado ali chegou a 12,5 terabits por segundo, quase 20% a mais que o segundo principal IX do mundo, o AMS-IX, dos Países Baixos, que movimentou 10,8 terabits/s. O DE-CIX, PTT alemão, ficou em terceiro, com tráfego de 10,2 Tbps.
O IX paulista também registrou 2,41 mil participantes. Mais que o dobro do DE-CIX, que tem 1,06 mil.
O PTT do Rio de Janeiro registrava em dezembro 2,1 Tbps e 470 participantes. Atrás do IX de Kiev, da Ucrânia, que teve tráfego de 2,5 Tbps.
Mercado de data centers é concentrado
O relatório da UIT aponta ainda que o mercado de data centers conectados à internet é bastante concentrado nos Estados Unidos. O país tem 15 dos 20 maiores operadoras de centro de dados do planeta, com atuação em dezenas de país.
O Brasil figura neste ranking na 13ª colocação dentre os países com maiores operadores de data centers. A Ascenty é a empresa local que coloca o país no mapa, com 27 centros de dados em 11 localidades, espalhadas por 3 países. Os números são de novembro de 2021.
Além de EUA e Brasil, outros país com grandes operadoras de data centers no top 20 global são Japão e Singapura.
As 20 principais operadoras de data centers do mundo possuem, juntas, 1.164 unidades espalhadas pelo globo ligadas à internet.
Segundo o relatório da UIT, contribui para o desenvolvimento do mercado de data centers a inexistência de desastres naturais, grande população – embora países pequenos comecem a atrair investimentos para unidades regionais – e existência de legislação de proteção de dados pessoais.