Itaú incrementa performance em 60% com atualização dos sistemas Oracle

O projeto foi realizado por grupos de sistemas, onda a onda, migrando um por vez e medindo imediatamente após a mudança seus resultados, impactos e geração de eficiência.

O banco Itaú passou recentemente por um projeto de modernização de sua plataforma de banco de dados Oracle. A instituição financeira precisava aumentar sua capacidade de processamento, sua eficiência operacional e, com isso, alavancar a capacidade técnica do time interno. O cenário envolvia todos os tipos de Oracle data base organizados de forma descentralizada. A mudança envolvia algo perto de 1 petabyte de dados e entre 200 e 300 aplicações diferentes e espalhadas. O desafio era fazer a transformação sem afetar as operações do banco e sem fazer grandes alterações do ponto de vista de aplicação – reescrever parte dessas aplicações, por exemplo –, o que levaria mais tempo e o plano seria ainda mais difícil de ser executado. Depois de 22 meses de trabalho, e realizando aos poucos a modernização, Itaú e Oracle encerraram o projeto, que trouxe uma série de benefícios.

O projeto foi realizado por grupos de sistemas, onda a onda, migrando um por vez e medindo imediatamente após a mudança seus resultados, impactos e geração de eficiência. A estratégia envolvia ainda selecionar as aplicações, dando prioridade àquelas que teriam ganhos mais expressivos. Houve um incremento médio entre 60% e 70% em performance de cada sistema migrado, segundo Edilson Albuquerque, gerente de infraestrutura do Itaú Unibanco, sem grandes mudanças de código. “E tivemos outliers absurdos de 90% de ganho em determinados processamentos”, completou o executivo do Itaú durante sua participação no 5×5 TecSummit nesta quinta-feira, 10. Não à toa, as áreas de negócios de dentro do banco batiam na porta de Albuquerque para serem os próximos.

“É como trocar a turbina do avião em pleno voo”, comparou José Eduardo Braz Ferreira, vice-presidente de vendas para infraestrutura da Oracle Brasil. Na prática, a nova arquitetura permitiu que a Oracle levasse a nuvem para perto do data center do Itaú. Foi desenvolvido um modelo de cloud privada, mas com a possibilidade de, no futuro, o banco migrar para uma pública, por exemplo.

Novo modelo de negócios

Da parte da Oracle, o case trouxe também uma mudança de modelo de negócio, passando da aquisição tradicional para um modelo de consumo, ou pay as you go. “Ou seja, conforme o banco cresce, sua infraestrutura também cresce, assim como todo o enxoval de licenciamento necessário. Pensando três anos atrás, no Itaú, foi uma quebra total de paradigma do que existia no passado. E trazer a cloud para próximo do data center do Itaú também foi uma transformação”, resumiu o vice-presidente de vendas para infraestrutura da Oracle Brasil.

5×5 TecSummit

5×5 TecSummit é um evento online organizado nesta semana em uma parceria de cinco sites de jornalismo especializado em TI e telecom: Convergência Digital, Mobile Time, Tele.síntese, Teletime e TI Inside. O seminário discute tendências em tecnologia em cinco verticais: governo, saúde, energia, finanças e entretenimento. Hoje, o 5×5 TecSummit debate inovações no setor de entretenimento.

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Da Redação

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