ISPs estão deixando principal valor de lado, alerta Cachapuz, da OIW
O diretor de vendas de marketing da distribuidora OIW, Márcio Cachapuz, subiu ao palco do INOVAtic Nordeste nesta quinta-feira, 22, para fazer um alerta: os provedores de internet (ISPs) estão deixando de lado o que é seu principal diferencial em relação aos grandes concorrentes.
Qual? Para o executivo, o sucesso dos provedores está ligado não à tecnologia ou preços apenas, mas ao relacionamento próximo e pessoal junto aos clientes.
“O relacionamento com o cliente é o principal valor dos provedores no atual cenário de consolidações e novas tecnologias. Nós da OIW atendemos muitos provedores mensalmente, e temos enxergado que esse valor de atendimento infelizmente tem sido deixado de lado. E se o ISP não enxergar isso como oportunidade e revisar sua atitude daqui para a frente, outro vai se dar conta e vai aproveitar”, falou.
Cachapuz apresentou uma lista de ameaças e transformações que deixam o cenário para os provedores mais desafiados nos próximos meses. Entre os quais, aumento da competição com grandes empresas, com ISPs maiores resultantes de consolidação, com empresas que usam redes neutras e com os acessos 5G. Não bastasse, o dólar segue alto, a inflação também, fazendo com que a economia seja um ponto de incerteza.
Diante de tudo isso, falou, é o conhecimento que o ISP tem do cliente que vai segurar a base. “É o atendimento que é mais que atendimento. É o conhecimento daquela senhora que quer falar com o filho do dono pois todos se conhecem que vai mantê-la ali”, observou.
Segundo ele, provedores que passam por consolidação acabam deixando a prática do relacionamento de lado e adotam padrões de atendimento impostos pelo grupo ao qual passam a integrar. As grandes operadora também enfrentam o desafio de atender de forma mais próxima o cliente final.
“Isso é parte do trabalho deles. Quanto maiores, maior a busca por eficiência. Mas aquela senhora vai continuar no provedor depois que for atendia sem proximidade?”, indagou.
Por fim, ele ressaltou que percepção neste negócio “é tudo”. “O papel do provedor é servir. Esse valor pode mudar o jogo”, falou.
Questionado se isso tem reflexo no valor da marca do provedor, e como isso se reflete nesta onda de consolidações, Cachapuz foi enfático: “Não tenho dúvida de que o valuation hoje em dia dos provedores precisa também ser revisto para incluir também o valor da marca”, concluiu.