ISPs capturaram a maior parte do crescimento da base de banda larga em 2018
O Brasil fechou 2018 com 31,05 milhões de contratos ativos no serviço de banda larga fixa de acordo com os dados divulgados hoje, 31, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No ano passado, houve um incremento de 2,14 milhões de assinaturas no serviço (+7,41%). Em relação à novembro de 2018, dezembro registrou uma diminuição de 149,38 mil contratos (-0,48%).
O Grupo Claro manteve a liderança do segmento, com 9,36 milhões de assinantes (30,15% do total). A Vivo encerrou o período com 7,58 milhões (24,41%) de acessos. O conjunto dos provedores regionais, com 6,2 milhões (20,1%). E a Oi, com 5,99 milhões (19,31%).
A Claro adicionou 467,01 mil acessos (+5,25%) ao longo de 2018. A Vivo teve uma diminuição de 5,37 mil clientes (-0,07%) e a Oi perdeu de 309,92 mil (-4,92%).
O destaque do ano recai mesmo sobre os provedores regionais. Os ISPs adicionaram 1,8 milhão de acessos, o que significa expansão de 40,5% em relação a 2017. Também significa que eles foram responsáveis por 84% das adições ocorridas na banda larga brasileira no ano que passou.
E a evolução pode ter sido maior. A empresa Brisanet, que possui grande participação de mercado em estados do Nordeste, não informou os dados de dezembro de 2018. Então, para fins de cálculo, foram usados os últimos números enviados, de agosto de 2018.
Tecnologias e velocidades
A fibra foi, de longe, a tecnologia que mais atraiu novos clientes. Do total de novos acessos, 2,47 milhões foram em fibra. Já o xDSL foi a quem mais perdeu, com saldo negativo de 864 mil desligamentos.
A oferta da fibra fez crescer o número de acessos no país com velocidade nominal superior a 34 Mbps. Este segmento aumentou 88,6% no ano. Atualmente, 8 milhões de acessos têm mais de 34 Mbps. Outros 8 milhões têm entre 12 e 34 Mbps.
A grande maioria das conexões se concentra ainda, porém, na faixa de 2 a 12 Mbps, que tem 9,7 milhões de usuários e encolheu 2,26% em 2018. Acessos entre 512 Kbps e 2 Mbps somavam 4,6 milhões e encolheram 21% no ano. E ainda existem 413 mil clientes com velocidades de até 512 Kbps – oferta que teve retração de 45% no período.