IPEA: 11, 6 milhões de domicílios brasileiros esperam pela rede de banda larga

Dos 68 milhões de domicílios, 17,3 milhões só podem ter acesso à banda larga,mesmo que disponível, se houver subsídio à demanda.

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O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) fez um detalhado estudo sobre a massificação da banda larga no país, e concluiu que 11,6 milhões de domicílios brasileiros têm demanda pelo serviço, mas não podem consumi-lo porque ele não está disponível.

E a capacidade máxima de consumo da banda larga, sem que seja implementada qualquer política de subsídio à demanda é de 50,7 milhões de residências. Ou, dos 68 milhões de domicílios que o país possui atualmente, em 17,3 milhões as famílias só teriam acesso ao serviço se fossem subsidiadas.

Para chegar a esses grandes números, explica Alexandre Ywata, o IPEA dividiu o país em seis grupos de municípios que foram agrupados com base em 159 variáveis sócio-econômicas.

Foram encontrados assim os municípios do grupo 1 urbano de maior renda ( como SP, RJ, BH e DF); grupo 2 cidades com alta renda rural; Grupo 3 – cidades  urbanas com menor renda (como Manaus ou Nova Iguaçu); Grupo 4 – urbanas de renda média (como Santarém e Altamira); Grupo 5 rural com menor renda; e grupo 6 – rural mais pobre (como Breves, Parintins).

E o instituto constatou que o impacto da banda larga na economia do municípios é diferente, a depender do perfil. “O impacto da penetração da banda larga é menor nos municípios de menor renda per capta”, constatou.

O Ipea estudou também qual deveriam ser os municípios prioritários no atendimento da expansão da rede de acesso. E analisou cada caso comparando três princípios isolados: cidades com menor IDH, população total do município e mercado potencial total. E fez também o mesmo ensaio por micro região. Constatou que o maior valor – recai nos projetos voltados para cidades com maior população, seguido daquelas com mercado potencial e por último as de menor IDH.

Segundo o conselheiro Igor de Freitas, essa metodologia será adotada pela Anatel para a análise dos próximos TACs,  (Termos de Ajustamento de Conduta), mas ele assinala que os critérios adotados pela agência para a assinatura do TAC da Telefônica já levaram em consideração o mix de menor renda, população e IDH.

” Toda a política pública tem um grau de subjetividade e a Anatel irá segui-la. Mas os critérios adotados pela agência, nesses casos, vislumbraram o custo oportunidade, para atingir o maior número de pessoas ao menor custo”, disse ele.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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