IoT no campo precisa de diferentes redes, aponta projeto da PUC-Rio
Belém – A PUC-Rio está prestes a concluir dois projetos pilotos de IoT – Internet das Coisas – que foram selecionados pelo BNDES para aplicação de tecnologias em ambientes reais. A universidade escolheu os segmentos de agronegócios e da saúde para desenvolver os programas, em parcerias com inúmeras empresas. No caso do projeto para o agro, foram selecionadas pequenas e grandes propriedades rurais no Mato Grosso para a implementação dos pilotos.
Segundo Carlos Vinícios Rodríguez Ron, consultor Acadêmico e de Tecnologia da PUC-Rio, nessas experiências, entre os resultados esperados estava a avaliação da viabilidade técnico-econômica da proposta e a identificação de oportunidades e gargalos para as aplicações de IoT. Os projetos foram desenvolvidos com dezenas de parceiros privados. Entre eles, com American Tower, TIM, Datora-Arquia nas redes de acesso terrestres. Para as redes de bakchaul, foram desenvolvidos com Hispamar, Mafeste, Ingu. Para os projetos de integração as parcerias foram feitas com BriskCom, Provide, Qualcomm, Suno e Union; além de empresas de infraestrutura, de fornecimento de módulos IoT, de plataformas de serviços e de aplicações. E, segundo Ron, algumas considerações se destacam: ¨ Constatamos que uma única rede de comunicação não é a solução e há uma grande necessidade de formação de mão de obra qualificada¨, afirmou.
Entre os aspectos positivos dos pilotos, disse o professor, foi a evolução dos casos de uso propostos, que resultaram no surgimento de novos casos de uso, e o bom funcionamento da parceria entre as empresas e a comunidade acadêmica.
Telemedicina
No projeto-piloto voltado para a saúde, e implementado no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, o programa visava monitorar os insumos, recursos e ativos do hospital, e também fazer a gestão da comunicação entre os funcionários e o público alvo do hospital. Segundo Ron, entre as dificuldades encontradas no projeto, uma delas refere-se ao grande número de equipamentos importados. ¨Quase todos os equipamentos que tiveram que ser usados eram importados, e caros¨, salientou, observando que há, então, uma grande lacuna que precisa ser preenchida pela indústria nacional. E disse também que há questões vinculadas a cibersegurança que precisam ser melhor avaliadas para a implementação da IoT nesse segmento.