Investidor assume a Seaborn e altera comando da empresa

Dos fundadores da empresa, em 2012, restou apenas Andy Bax como COO
Cabo Submarino Seabras-1 Seaborn Networks
Equipe da Seaborn durante a instalação do cabo submarino

A disputa entre acionistas e diretores da operadora de cabos submarinos Seaborn parece ter chegado ao capítulo final. O fundo investidor Partners Group, que desde o ano passado tentava assumir o controle da operação, comprou todas as ações das subsidiárias que estavam em recuperação judicial. Com o movimento, pôde nomear novos CEO e CFO interinos.

A iniciativa foi traçada em um plano para retirar o grupo do “Chapter 11”, o capítulo de recuperação da lei de falências norte-americana. O plano foi aprovado pela Justiça dos Estados Unidos em 30 de junho e, no mesmo dia, o Partners concluiu as aquisições.

Dessa forma, a holding Seabras Group arrematou, por exemplo, a Seaborn Management, unidade que era responsável pela gestão das empresas Seabras-1 USA e Seabras-1 Bermuda, donas de fato do cabo que liga Brasil a Estados Unidos e que declararam a recuperação judicial. Todas as empresas que formavam o grupo Seaborn foram consolidadas na Seabras Group.

A empresa diz ainda que, com a iniciativa, saiu da recuperação judicial com a dívida de US$ 150 milhões reestruturada.  O valor foi reduzido a montante não revelado, parcelado até 2028.

Dos fundadores da empresa, em 2012, restou apenas Andy Bax como COO. O ex-CEO Larry Schawrtz e o ex-CFO Roger Kuebel deixaram o grupo. Eles, juntamente com Bax, brigavam na Justiça para impedir que o Partners assumisse as rédeas da recuperação judicial. Bax, no entanto, segue no grupo.

Com a saída dos executivos, assumem interinamente Pete Hayes, CEO, e Don Shassian, CFO. Ambos são integrantes do conselho de administração do fundo de investimento.

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Rafael Bucco

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