Inteligência Artificial pode movimentar US$ 62,5 bilhões em 2022

Especialista que expandiu negócio com base em Inteligência Artificial, incentiva profissionais a descobrirem os benefícios da tecnologia.
Inteligência Artificial pode movimentar US$ 62,5 bilhões em 2022 - Crédito Freepik
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A Inteligência Artificial (IA) deixou de fazer parte apenas do universo da ficção científica para ingressar na rotina corporativa. Segundo informações divulgadas pela consultoria Gartner, 48% dos CTOs admitem que já implantaram ou desejam implantar a tecnologia até o fim de 2022, o que pode gerar uma movimentação de US$ 62,5 bilhões no mercado. Já o BCC Research aposta em um crescimento no segmento de 20% ao ano até 2025.

Entre as categorias mais estimadas para o investimento do recurso estão gestão do conhecimento, veículos autônomos, espaços de trabalhos digitais e crowdsourcing de dados. “A IA está mais próxima do nosso cotidiano do que pensamos. Desde o aplicativo de música e de mobilidade ao assistente virtual que otimiza o atendimento digital das marcas, há a presença dessa tecnologia. Quando inserimos o recurso no ambiente corporativo, podemos esperar retornos como automatização de processos, análise de dados e assertividade na realização das tarefas”, diz Vinícius Orsi, CTO da Take, startup que atua com identificação por IA na operação de smart vending.

Ao longo de sua trajetória com base nessa tecnologia, a startup chegou a atingir um faturamento de mais de R$ 20 milhões, além de uma presença nacional com 2.500 pontos de vendas. Com o intuito de auxiliar empreendedores a também impulsionarem os seus negócios com o recurso e esclarecer a eficiência da solução, Orsi listou os principais mitos que ainda permanecem em torno da IA. Confira abaixo:

  1. Inteligência Artificial equivale a inteligência humana 

A IA busca se espelhar na inteligência humana para otimizar atividades operacionais, além de analisar dados capazes de gerar poderosos insights. “Por essa razão, a mentalidade de que a tecnologia funciona da mesma forma que o cérebro humano acaba se tornando um senso comum. No entanto, apesar do recurso ser altamente habilidoso, as aplicações ainda não alcançam as habilidades de um humano. Não são equivalentes”, diz o CTO.

  1. Inteligência Artificial é autodidata 

Ainda por conta da crença de que a inteligência artificial equivale a humana, muitos acreditam que a tecnologia seja autodidata. Ou seja, se desenvolve sozinha. Na verdade, a intervenção humana é fundamental para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da solução, que depende de profissionais, como os cientistas de dados, para programar as atividades a serem executadas, determinar os conjuntos de informações analisadas e remover possíveis erros. “Inclusive, esse contato entre humano e máquina deve ser constante para garantir a renovação dos conhecimentos da IA”, pontua o executivo.

  1. Inteligência Artificial irá substituir os humanos no mercado de trabalho 

Atualmente, a IA já está sendo utilizada na automatização de funções em diversas áreas. Por isso, o receio que os profissionais têm de serem substituídos por máquinas é legítimo, mas irreal. “Em vez da tecnologia ocupar cargos, ela irá mudar as ocupações existentes e irá criar novas. Afinal, sem precisar gastar energia com tarefas operacionais, esses profissionais podem assumir atividades mais estratégicas, elevando as suas performances e os resultados finais”, explica Orsi.

  1. Inteligência Artificial é livre de vieses

Ainda é um mito que a Inteligência Artificial seja livre de vieses, já que é uma tecnologia que se baseia em dados fornecidos pelos humanos. Por isso, também irão interpretar as informações por meio de vieses inconscientes. “Hoje notamos que as máquinas podem reproduzir conceitos que estão intrínsecos em nós. Mas é possível reduzi-los com certas estratégias, tais como montar uma equipe diversa de cientistas de dados. Outra possibilidade é que os profissionais revisem o trabalho uns dos outros a fim de filtrar esses pontos”, sugere o CTO.

(com assessoria)

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Redação DMI

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