Intel redefine estrutura corporativa no Brasil

Presidente da companhia no Brasil diz que empresa vai atender diretamente menos clientes, porém dará mais apoio a parceiros

A Intel apresentou nesta quinta-feira, 2, à imprensa sua nova estrutura corporativa no Brasil. Em setembro de 2022, a então presidente local, Gisselle Ruiz Lanza, foi alçada a diretora geral para a América Latina. Em seu lugar, Claudia Muchaluat assumiu o comando da subsidiária brasileira, vinda da IBM.

Em conversa com jornalistas, Muchaluat explicou que a nova estrutura é mais simples e ágil do que a existente no passado. “A nova estrutura procura imprimir mais velocidade à organização”, resumiu.

Afirmou que a Intel também vai trabalhar mais com parceiros, e focar o atendimento especializado direto a menos clientes, os maiores. “A meta é colaborarmos mais com as estratégias regionais de nossos parceiros”, acrescentou.

A nova estrutura corporativa da Intel no Brasil é composta de quatro divisões. André Ribeiro fica como diretor de contas empresariais e governamentais; Marcelo Montenegro comanda a diretoria de canais, distribuição e ecossistema; Carlos Buarque assume como diretor de marketing local; e Juliana Hurtado, como diretora da consumo.

Brasil e diversificação de cadeias produtivas

Segundo Muchaluat, o Brasil está entre os 10 mercados de maior faturamento para a Intel no mundo. Apesar disso, não há projetos para construção de fábrica local. Com empresas terceirizadas, a Intel produz aqui módulos de WiFi para embarque em computadores.

Mas não há planos de replicar aportes vultosos como os feitos nos EUA e Europa no último ano para erigir plantas de alta capacidade, estimular ecossistemas locais e fazer frente à predominância da China na produção de componentes.

A executiva lembra, porém, que há planos de investimento em P&D. A Intel pretende entrar como apoiadora dos centros de pesquisa aplicada em inteligência artificial no Brasil. O projeto, do Ministério de Ciência e Tecnologia em parceria com CGI.br, data de 2020. Ano passado aconteceu a seleção de um quinto centro, o BI0S, na Unicamp, que entrou em operação em dezembro.

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Rafael Bucco

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