Indústria sem fio busca parceiros para testes de WiFi em movimento

Wireless Broadband Alliance lançou chamamento para parceiros participarem de experimentos de WiFi em serviços de deslocamento, como ônibus, trens, aviões e navios
Wireless Broadband Alliance quer fazer testes de WiFi em movimento
WiFi em movimento é a nova aposta da indústria (crédito: Freepik)

A Wireless Broadband Alliance (WBA), associação global de empresas de conectividade sem fio, lançou um chamamento para realização de testes de WiFi em movimento, espécie de rede que, em vez da conexão celular, usa a tecnologia WiFi durante deslocamentos.

Segundo a WBA, o objetivo é desenvolver soluções de conectividade WiFi para atividades em movimento – como viagens de ônibus, trens, aviões e navios –, o que aumentaria a confiabilidade da conexão em locomoção. Nesse sentido, a entidade está convidando membros e partes interessadas do setor a participarem de experimentos de redes em movimento.

Para a organização, o WiFi em movimento também contribuiria para as finanças de operadoras, provedores e empresas de transporte, uma vez que a tecnologia tem capacidade para melhorar a experiência do passageiro, reduzir custos operacionais e gerar novas fontes de receitas.

Desafios

Em relatório sobre a tecnologia, intitulado “Wi-Fi Experience for Moving Networks” (A experiência WiFi para redes em movimento, em tradução livre), a WBA destaca que a utilização do certificado Passpoint seria peça-chave para que a conectividade contínua pudesse ser alcançada. A solução, em linhas gerais, elimina a necessidade de o usuário encontrar uma rede WiFi e autenticar o login para se conectar ao WiFi, reduzindo a fricção.

Além disso, a associação aponta que é preciso resolver a eventual falta de infraestrutura de backhaul, o que, em alguns casos, pode impossibilitar a autenticação dos usuários no acesso à internet.

“Nestes momentos, é particularmente importante que os proprietários da rede tenham os meios para autenticar, autorizar e estabelecer os serviços, além de manter a conexão do usuário à rede local”, diz o estudo.

A WBA ainda ressalta que as redes em movimento devem ter capacidade para roaming, sobretudo para que serviços de emergência possam ser acionados, e robustos sistemas de segurança, de preferência não baseados em rede aberta com senha pré-definida.

A aliança também lembra que, em situações nas quais o meio de transporte se aproximar, por exemplo, de estações ou pontos de ônibus, a rede WiFi em movimento deve ser compatível com a rede fixa, automaticamente determinando qual oferece mais capacidade para o usuário.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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