Indústria móvel responde por 5% do PIB da América Latina

Estudo da GSMA calcula que as tecnologias e os serviços móveis contribuíram com US$ 260 bilhões para a economia da região, em 2016.

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O mercado móvel da América Latina, impulsionado pela expansão do 4G e pela crescente adoção de smartphones, foi responsável por 5% do PIB da região no ano passado, de acordo com um novo estudo da GSMA, divulgado hoje no evento GSMA Mobile 360 Series – América Latina, em Bogotá (Colômbia). A edição 2017 da série Economia Móvel da GSMA para América Latina e Caribe aponta que as tecnologias e serviços móveis contribuíram com US$ 260 bilhões para a economia da região, em 2016.

“As operadoras locais devem investir quase US$ 70 bilhões em suas redes, até o final da década, para expandir a cobertura 4G na região, o que permitirá um uso maior de dados móveis, na medida em que os consumidores migrarem para as redes de próxima geração”, disse Michael O’Hara, chief Marketing Officer da GSMA.

No final de 2016, havia 451 milhões de assinantes móveis únicos em toda a América Latina, concentrados em mercados como Brasil (33% do total), México (20 %), Argentina (9 %) e Colômbia (7 %). Cerca de 60 milhões de novos assinantes devem ser adicionados até o final da década, quando mais de três quartos da população da região serão assinantes móveis – mais do que os 70% em 2016.

Os assinantes da região estão migrando rapidamente para dispositivos e redes inteligentes. Os smartphones representaram 59% das conexões na América Latina, no primeiro semestre de 2017. E está previsto um aumento para 71 % do total, em 2020.

Entretanto, após um início lento, as redes 4G já oferecem cobertura para 70% da população. Em junho de 2017, as operadoras móveis da América Latina lançaram 108 redes 4G, em 45 mercados. O 4G está a caminho de representar 42% das conexões até 2020, aproximando-se da média global. As primeiras redes 5G comerciais da região devem ser ativadas em 2020, com previsão de cobertura para 50% da população até 2025.

O estudo da GSMA indica que o ecossistema móvel da América Latina deverá manter esse ritmo nos próximos anos. O setor deve colocar na economia US$ 320 bilhões em 2020, equivalente a 5,6% do PIB.

O setor também foi responsável por 1,7 milhão de empregos diretos e indiretos em 2016. E contribuiu para o financiamento do setor público com quase US$ 34 bilhões arrecadados sob a forma de tributação geral, incluindo IVA, impostos corporativos e impostos sobre o emprego.

O ecossistema móvel na América Latina, de acordo com o relatório, oferece uma plataforma ampla e escalável para empreendedores e inovadores. Os fundos de venture capital e de private equity têm sido especialmente atuantes em 2017, com mais transações no primeiro semestre do ano do que no total de 2016, que foi um ano recorde.

Superando o mercado dos EUA, a América Latina, com quase 350 milhões de assinantes de internet móvel, também se destaca pelo engajamento dos usuários. No entanto, cerca de 300 milhões de pessoas continuam digitalmente excluídas, em áreas rurais e remotas, caracterizadas por rendas menores e que exigem políticas de governo especiais. “As operadoras móveis estão desempenhando um papel fundamental para alcançar esses cidadãos, em derrubar as barreiras para a adoção de internet móvel, como os desafios de acesso e a falta de habilidades digitais”, afirmou O’Hara.

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Da Redação

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