Indústria eletrônica se diz preocupada com extinção do MDIC

Para Abinee, solução passa por fusão entre MDIC e Ministério do Trabalho.

A Abinee, associação que reúne a indústria elétrica e eletrônica do país, recebeu com preocupação a informação de que o presidente eleito Jair Bolsonaro decidiu extinguir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Bolsonaro pretende criar um superministério que reunirá as atribuições da Fazenda, Planejamento, e dentro do qual também estariam as secretarias, autarquias e instituições hoje sob o MDIC.

“Para a Associação, é fundamental que o Brasil conte com um ministério da indústria forte e apto a colocar o País novamente no caminho do desenvolvimento econômico e social, contribuindo assim com o fortalecimento da indústria local e com a geração de empregos”, diz a entidade, em nota.

A melhor saída seria, na visão da entidade, a fusão do MDIC com a pasta do Trabalho. Na semana passada, a Abinee subscreveu carta em que propunha a criação de tal ministério, entre a Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro. A carta contava com apoio de cerca de 10 entidades setoriais, que também discordam da extinção do MDIC.

“Caso, entretanto, a reforma ministerial demande a junção de pastas, a Abinee defende que a iniciativa seja feita nos moldes propostos por um grupo de entidades empresariais, do qual faz parte, que indicaram a fusão entre produção e trabalho, criando-se o Ministério da Produção, Trabalho e Comércio, promovendo assim o empreendedorismo, a inovação e a competitividade da economia brasileira”, conclui a Abinee.

O atual ministro do MDIC, Marcos Jorge, teria assumido o papel de defender, junto à equipe de transição formada por integrantes do governo Temer e do futuro governo Bolsonaro a criação da nova pasta.

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Rafael Bucco

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