Inclusão financeira é a prioridade das fintechs da AL
O estudo analisa os problemas, barreiras e prioridades enfrentadas pelas fintechs em toda a região. Já os resultados foram compilados a partir de pesquisas realizadas com 250 profissionais que trabalham no setor, na América Latina.
Segundo os dados, quando se trata dos mais importantes estímulos para as fintechs alcançarem seu potencial na América Latina, 61% dos entrevistados consideram ‘um ambiente regulatório favorável’ como o principal. Entre as barreiras, por 29,7% que citam ‘a ausência de financiamento’ como a principal.
Na visão de 42,6% executivos entrevistados, o varejo encontra-se com a maior possibilidade de se beneficiar das inovações. Já os mercados da agricultura e serviços ganharam mais notoriedade no ano de 2022, saltando de 12,5% para 14% e 7,8% para 10,8%., respectivamente. Também destacam-se os setores de saúde (6,8%) e educação (6,4%), como de interesse para as fintechs, setores esses que foram pouco citados em 2021.
Para Joy Schwartz, presidente da Fintech Nexus, o setor está mais resiliente ao pífio desempenho econômico da região. “Este ano foi marcado pela desaceleração econômica e pela inflação em muitos países da região. A redução subsequente nos volumes e valores de negócios das fintechs parece ter tido pouco efeito nas perspectivas do mercado. 46,4% dos profissionais da área parecem resilientes à queda, descrevendo-a como “uma parte natural e esperada do ciclo de negócios”.
“Outra descoberta com relevância particular é a questão de confiança: 39,8% dos entrevistados consideram a falta de confiança nos serviços bancários online e fintech como a maior barreira para uma maior adesão”, completa.
Quando questionados sobre o que deve ocorrer para um melhor cenário na América Latina, 31,6% dos entrevistados afirmam em uma regulamentação governamental para reduzir taxas e encargos bancários para segmentos de consumidores sub-representados. Enquanto 30,4% declaram que os incentivos fiscais e comerciais aumentam as transações online e é um papel crucial para a inclusão financeira.