Huawei torce por incentivo fiscal para baratear o 5G FWA

Equipamento para ampliar a rede de banda larga fixa pela tecnologia 5G ainda é caro no Brasil, reclamam as operadoras. Uma saída para a conexão das escolas seria a implementação de subsídios fiscais, defendeu a fabricante.

Barcelona – A adoção do modem 5G FWA ( Fixed Wireless Access), a solução de banda larga fixa oferecida pela tecnologia 5G para o uso interno das residências, poderá ocorrer em larga escala no Brasil se houver incentivos fiscais para o equipamento. Pelo menos esta é a torcida de Carlos Lauria, diretor corporativo e regulação da Huawei, que lembrou que esse debate está sendo travado pela indústria e pelo governo, com vistas a ampliar e baratear o acesso à internet.

As operadoras de celular brasileiras estão reclamando dos preços dessas CPEs (as caixinhas para a conexão da tecnologia), que atualmente custam cerca de US$ 200 e que, segundo elas, a esse valor, fica inviável o uso dessa alternativa tecnológica para a ampliação da banda larga fixa. Atualmente a fabricante nacional Intelbras anunciou a fabricação do 5G FWA no país com a tecnologia da Qualcomm.

A Huawei demonstrou em seu enorme stand instalado no Mobile World Congress (MWC) que possui diferentes modelos  dessa já prontos, mas ainda são importados, tendo em vista a pouca demanda no país. Para Lauria, no entanto, há alternativas para o barateamento desse equipamento, que poderia até contar com recursos do Fust (Fundo de Universalização das Telecomunicações). ” O programa do governo de levar a internet de boa qualidade para as escolas públicas brasileiras  poderia contar com essa solução, que ajudaria a acelerar a conexão das escolas”, afirmou.

5.5 G

Com a apresentação de várias soluções para o core das redes de telecomunicações e também para facilitar o acesso em banda larga em áreas remotas (como o lançamento de uma conexão em micro ondas que atua como backhaul, alcançando distância de até cinco quilômetros e levando até 50 GBps de dados) a Huawei levou também para a feira a nova geração do 5G, ou a 5.5 G. Ela promete levar 10 GBps de capacidade para qualquer lugar do planeta.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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