Huawei busca ser vista como referência global em segurança cibernética
Boicotada por Estados Unidos e alguns países europeus sob a alegação de risco de segurança nas redes de telecomunicações e em sistemas de informação, a Huawei afirma que realiza suas atividades tendo a segurança cibernética como a sua prioridade número 1.
Executivos da empresa destacaram, nesta sexta-feira, 17, durante um tour virtual no Centro de Transparência e Cibersegurança da Huawei em Bruxelas, que a companhia é a mais auditada e inspecionada em todo o mundo e que nenhuma outra se empenha tanto em proteção e defesa digital.
Nesse sentido, para reforçar o comprometimento com a área de segurança, a desenvolvedora de tecnologias e equipamentos de redes de telecomunicações destina, anualmente, 5% do orçamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para o setor. O montante equivale a US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5 bilhões).
“Qualquer produtos que construímos é testado e validado por um time independente que possa checar se os requisitos técnicos de cibersegurança exigidos foram implementados”, pontuou Colm Murphy, assessor sênior de segurança cibernética da companhia.
O porta-voz frisou que o processo de desenvolvimento da empresa leva em conta três aspectos: integridade, confidencialidade e viabilidade de um sistema ou dados.
“Se um equipamentos não é aprovado nesses termos, não vai para o mercado e o projeto volta para o começo”, destacou.
Riscos da Inteligência Artificial (IA)
Questionado por jornalistas sobre os avanços da IA no mundo, Murphy disse que a Huawei tem trabalhado ao lado de outras empresas, incluindo operadoras de telecom, para projetar sistemas mais resilientes a eventuais ataques hackers.
De todo modo, confirmou que a companhia utiliza algoritmos com base em IA em produtos e na gestão dos sistemas de telecom. “De um lado, a IA nos ajuda a nos defender melhor, mas, de outro, também pode ser usada por atacantes para mudar um modo de operação”, ponderou.