Grupo TIM pega empréstimo de 1,5 bilhão de euros na Itália

Companhia informou que operação visa a fortalecer a estrutura de liquidez antes da conclusão da venda da NetCo; prazo do empréstimo é de até 18 meses
Grupo TIM assina contrato de empréstimo de 1,5 bilhão de euros na Itália
Por liquidez, Grupo TIM assina contrato de empréstimo-ponte na Itália (crédito: Freepik)

O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) informou, nesta sexta-feira, 5, que captou um empréstimo-ponte de 1,5 bilhão de euros (aproximadamente R$ 8,22 bilhões).

Em nota, a companhia ressaltou que a operação visa a cobrir as necessidades de refinanciamento até a conclusão da venda da NetCo, sua unidade de rede fixa na Itália, cujo desfecho é aguardado para o período de junho a setembro deste ano. A operadora aceitou, ainda no ano passado, uma proposta de 18,8 bilhões de euros do fundo norte-americano KKR pelo ativo.

“O Grupo fortalece ainda mais a sua estrutura de liquidez antes da conclusão da transação da NetCo com forte apoio das principais instituições financeiras globais”, destacou a empresa.

O Grupo TIM, controlador da TIM Brasil, ainda informou que o empréstimo “apresenta condições alinhadas com os benchmarks de mercado” e maturidade de até 18 meses. A operação conta com participação de BNP Paribas, Credit Agricole CIB, Deutsche Bank, J.P. Morgan, Santander e UniCredit.

Apaziguar os ânimos

Segundo a imprensa internacional, o empréstimo foi uma forma de a operadora acalmar os acionistas, que têm expressado preocupações com as finanças e a previsão de dívida da empresa.

Paralelamente, o Grupo TIM enfrenta uma disputa judicial com a Vivendi. O conglomerado de mídia francês é o maior acionistas individual da tele, com cerca de 24% das ações, e contesta a venda da NetCo, cuja proposta não foi levada para apreciação dos investidores.

Nesta semana, a operadora informou que ganhou um processo contra o governo da Itália, envolvendo o pagamento de uma taxa de licença à época da privatização da empresa, no fim da década de 1990. O Grupo TIM afirma que deve receber 1 bilhão de euros em ressarcimento.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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