Grupo TIM lança chip italiano de cibersegurança

TIM lança o primeiro chip criptográfico de cibersegurança feito 100% na Itália, o Secure Microchip, a fim de reduzir dependência das cadeias de produção asiáticas
Autoridades do governo italiano e Pietro Labriola, CEO do Grupo TIM, diante do disco (wafer) de microchips de segurança desenvolvidos na Itália
Autoridades do governo italiano e Pietro Labriola, CEO do Grupo TIM, (ao centro) diante do wafer de chip de cibersegurança desenvolvidos na Itália (Divulgação)

O Grupo TIM lançou hoje, 15, o primeiro microprocessador criptográfico feito 100% na Itália, o Secure Microchip.

Desenvolvido por uma equipe de engenheiros italianos da Telsy – empresa do Grupo TIM focada em criptografia e cibersegurança – o Secure Microchip vai “fortalecer a autonomia e a soberania tecnológica no âmbito das estratégias nacionais e europeias de cibersegurança”, afirma a companhia.

O novo microprocessador, garante, é capaz de proteger qualquer sistema de TI ou comunicação que processe informações sensíveis ou confidenciais. Ele é totalmente fabricado na Europa, em colaboração com grandes empresas do setor.

Foi concebido para aplicações civis, militares, industriais e também para proteção de infraestruturas críticas, como ferrovias, redes de eletricidade e água e barragens.

Ele também pode ser utilizado em Internet das Coisas, como em cidades inteligentes, protegendo dados de sensores ou câmeras de vigilância em áreas urbanas e suburbanas. No setor industrial, o Secure Microchip protege o ciclo de produção ao integrar um sistema de criptografia com as funções de cibersegurança “mais avançadas”, garantindo a segurança do diálogo entre máquinas.

O microprocessador atenderá aos requisitos de segurança de pequenas e médias empresas e de todos os indivíduos que “em breve precisarão estar equipados com sistemas mais robustos ou se adaptar aos rigorosos requisitos de cibersegurança estabelecidos pela Lei de Resiliência Cibernética e pelas Diretivas NIS2 e CER da UE”, afirma.

No contexto de sistemas de autenticação, o microprocessador pode gerar tokens de criptografia para permitir acesso seguro a dados e serviços na nuvem, como aplicativos de empresas ou serviços públicos, a partir de dispositivos móveis e PCs.

O Secure Microchip pode ser integrado em servidores, se os serviços e infraestrutura de TI estiverem localizados em uma nuvem privada. Os casos de uso incluem serviços da Administração Pública, como identidades digitais ou sistemas financeiros e de home banking.

O projeto é visto na Itália como um passo importante na promoção da indústria local de semicondutores, alinhada com políticas da União Europeia para reduzir a dependência da Ásia.

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Da Redação

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