Grupo Telefónica tem queda de 20,3% no lucro no 1º trimestre

Grupo Telefónica lucrou € 706 milhões no 1º trimestre, após impacto por inflação e custos não recorrentes, inclusive financeiros derivados da compra de fatia da Oi Móvel no Brasil.

O grupo espanhol Telefónica divulgou os resultados do 1º trimestre de 2022, no qual apresentou queda de 20,3% do lucro líquido. A cifra caiu a € 706 milhões.

A empresa enfrentou retração também nas receitas, de 9%, para € 9,41 bilhões. O lucro operacional antes de impostos, juros, depreciações e amortizações encolheu 6,4%, para € 3,2 bilhões.

Apesar da retração, o presidente da companhia, José María Álvarez-Pallete, afirma que o trimestre apresentou “bons resultados” em razão da expansão da base de clientes e dos resultados da filial Brasileira. Ressaltou que aqui a Vivo fechou a compra de fatia da Oi Móvel, o que vai gerar no mínimo R$ 5,4 bilhões em sinergias, além de ter crescido em receita.

Em outros países, a empresa também atraiu mais clientes, o que contribui para superar, diz o executivos, os problemas advindos da alta inflação.

“Vamos entregar nosso guidance de 2022 e dividendos. Continuamos a ver oportunidades de crescimento com a digitalização”, afirmou.

Para o ano, a previsão é crescimento de “dígito único baixo”. O mesmo para o OIBDA. O Capex do ano ficará em 15% das receitas, sem contar aportes para aquisição de espectro.

Em termos operacionais, o grupo apresentou ganho de 0,8% de assinantes no trimestre, comparado ao mesmo período de 2021. Dessa forma, encerrou março com 343,68 milhões de clientes de varejo no mundo. A maioria, 277,39 milhões, no segmento móvel.

A operadora afirma que seguira com planos de expansão de rede 5G no padrão Open RAN. A NEC foi contratada com integradora para implantar a rede em todos os mercados onde o grupo atua, inclusive no Brasil, e os pilotos vão começar “em breve” em rede comercial. A meta do grupo é fazer entre 30% e 50% das novas novas redes, em 800 localidades, no padrão até 2025.

5G puro no Brasil no 4º tri

No relatório, o Grupo Telefónica afirma que o 5G SA (o 5G “puro”) já foi ativado na Alemanha, e prevê que será ativado no Brasil por volta do quarto trimestre deste ano. Ontem o Gaispi enviou recomendação para o Conselho Diretor da Anatel possível atraso na ativação do 5G puro nas capitais, em fez de final de julho, para o final de setembro.

“O lançamento comercial do 5G SA acontecerá no ritmo da demanda dos mercados”, afirma o relatório de resultados. No Brasil, o 5G NSA da empresa, que utiliza ainda núcleo de rede 4G, funciona em bairros de 21 cidades. Na Espanha, para comparar, o 5G NSA cobre 82% da população.

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Rafael Bucco

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