Grupo Telefónica tem lucro de € 779 milhões, puxado por resultado brasileiro
O grupo espanhol Telefónica, controlador da operadora brasileira de mesmo nome, divulgou hoje, 11, seus resultados financeiros para o primeiro trimestre. A companhia registrou um lucro líquido de € 779 milhões no período, o que significa um aumento de 42,4%.
A receita cresceu 5%, para R$ € 13,13 bilhões. O principal responsável pelo desempenho foi o resultado do negócio brasileiro. A Telefônica Brasil (Vivo) cresceu 30,2% em receita, quando convertida em Euros. Também a operação latino americana cresceu 7,6%. Apenas Brasil e América Latina ampliaram as receitas no trimestre. As operações na Inglaterra e na Alemanha encolheram.
O lucro operacional antes de impostos e amortizações (OIBDA) do grupo aumentou 4,8%, para € 4 bilhões. Ao mesmo tempo, o conglomerado reduziu em 2,7% sua dívida líquida, que encerrou março em € 48,76 bilhões, com prazos de pagamento acima de oito anos.
Os resultados foram festejados pelos executivos da holding, uma vez que significam volta a patamares de crescimento. A receita da Telefónica caiu trimestre a trimestre no último ano, e o registro de expansão nos primeiros meses de 2017 é visto por eles como uma reversão dessa tendência. O mesmo vale para o OIBDA, que encolheu em 2016, mas cresceu entre janeiro e março deste ano.
Além de melhor desempenho operacional, com aumento das vendas aos clientes, a empresa também se beneficiou da valorização do Real, o que aumentou a importância dos ganhos da Telefônica Brasil sobre o conjunto dos resultados do grupo espanhol. Com isso, Brasil responde hoje por 24,1% das receitas mundiais da Telefónica. A América Latina representa 25%, e a Espanha, 23.3%. Os negócios na Inglaterra, Alemanha e da Telxius, somados, significam 29% das receitas.
Os espanhóis destacaram a importância da estratégia de dados nas operadoras do grupo. A decisão estratégica, que levou a investimentos consideráveis em capacidade de rede, fibra óptica, 3G e 4G, se traduziu no primeiro trimestre em um aumento de 20% da receita média por usuário.
Mesmo no pré-pago a decisão se mostrou acertada, uma vez que o segmento já tem 45% da base usando smartphones – o número leva em conta não só Brasil, como a Movistar, marca da operadora para a América Latina.
O tráfego em LTE, a banda larga móvel, cresceu 2,7x em um ano, enquanto o tráfego de dados fixo aumentou 31% por influência dos investimentos em ultra banda larga (FTTH). O grupo tinha, em março, 346,87 milhões de clientes no mundo, número praticamente estável (-0,1%) em relação a março de 2016.