Governo promete mais 1.000 serviços digitais em dois anos
Mais 1.000 serviços públicos prestados pelo Estado brasileiro serão digitalizados nos próximos dois anos, com a meta de tirar a administração pública da era analógica e gerar uma economia de R$ 50 bilhões por ano, promete o governo. Em 2018, o governo anunciava rede de serviço digital com mais de 2.000 serviços.
Uma das áreas a serem simplificadas será a abertura de empresas, o que deve acontecer em no máximo duas horas pela internet até o final deste ano, previu hoje (13) o secretário de Governo Digital, Luis Felipe Salin Monteiro.
De acordo com o secretário, esse processo será totalmente digital, melhorando a vida do empreendedor, especialmente dos detentores de pequenos negócios com classificação de baixo risco.
“A abertura de empresas, especialmente as micro e pequenas empresas de baixo risco, que deveria ser ágil, ainda leva muito tempo no país. A gente tem uma proposta de forma totalmente digital, sendo que as empresas não poderão ser abertas imagem em mais de duas horas”, afirmou em entrevista à Rádio CBN.
Previu contar com a participação de Estados e municípios para se integrar ao processo digital de formalização de negócios.
“Nós estamos nesse momento discutindo com os estados e os municípios, que são parcela de participação nesse processo de licenciamento, e a gente pretende ainda este ano implantar essa aceleração na abertura de empresas”, projetou.
Para que a missão de desburocratização seja cumprida na atual gestão, Monteiro informou que o governo vai disponibilizar todos os serviços já digitalizados em uma única plataforma. É a rede “gov.br”, que já conta desde anteontem com o censo dos serviços públicos federais. Irá reunir esses métodos desenvolvidos por estados, municípios e entidades governamentais, funcionando como um grande catálogo de serviços informatizados.
Entre os piores
Se a proposta for adiante, o Brasil deixará de ocupar uma das piores posições no ranking Doing Business, do Banco Mundial, que monitora a qualidade do ambiente de facilidades para negócios em quase 200 países.
Na última edição, divulgada em novembro do ano passado, o Brasil figura em uma medíocre 109.ª posição, muito longe dos líderes até mesmo dentro da América Latina,a exemplo do Chile. Ainda assim, a colocação atual corresponde a um incremento de 16 posições na comparação com 2017.