Governo Central tem superávit primário de R$ 101,8 bilhões
O setor público consolidado apresentou superávit primário recorde de R$ 101,833 bilhões em janeiro, o que equivale a 1,23% do PIB, informou nesta sexta-feira, 25, o Banco Central. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais registraram superávits primários respectivos de R$77,4 bilhões, R$20,0 bilhões e R$4,4 bilhões no mês.
Em dezembro, havia sido registrado superávit de R$ 123 milhões e, em janeiro de 2021, superávit de R$ 58,375 bilhões. O desempenho de janeiro foi o melhor resultado para qualquer mês na série histórica do Banco Central iniciada em dezembro de 2001.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 18,283 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 1,694 bilhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 4,426 milhões.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$17,8 bilhões em janeiro de 2022, comparados a R$40,4 bilhões em janeiro de 2021. Contribuiu para essa redução o resultado das operações de swap cambial no período (ganho de R$31,9 bilhões em janeiro de 2022 ante perda de R$16,3 bilhões em janeiro de 2021). No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$425,7 bilhões (4,86% do PIB) em janeiro de 2022, comparativamente a R$315,7 bilhões (4,20% do PIB) nos doze meses até janeiro de 2021.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$84,1 bilhões em janeiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 317,5 bilhões (3,62% do PIB), ante déficit nominal de R$ 383,7 bilhões (4,42% do PIB) em dezembro de 2021.
Dívida Líquida e Dívida Bruta
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 56,6% do PIB (R$5,0 trilhões) em janeiro, reduzindo-se 0,6 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos do superávit primário (redução de 1,2 p.p.), do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,6 p.p.), da valorização cambial de 4,0% (aumento de 0,7 p.p.), da variação da paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (aumento de 0,3 p.p.), e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,2 p.p.).
Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 79,6% do PIB (R$7,0 trilhões) em janeiro de 2022, redução de 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Essa evolução no mês decorreu, principalmente, do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,8 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (redução de 0,4 p.p.), do efeito da valorização cambial (redução de 0,2 p.p.) e de juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.).
(com assessoria)