Google será acusado de comportamento anticoncorrencial na venda de anúncios digitais na Europa

Serviço Google Ads gera cerca de 80% da receita da Alphabet, controladora da gigante de tecnologia; empresa já foi multado em mais de 8 bilhões de euros pela União Europeia
Google Ads é o negócio de anúncios digitais da gigante de tecnologia
Google Ads, negócio de anúncios digitais, pode estar na mira do órgão regulador europeu (crédito: Freepik)

O Google pode ter de enfrentar novas acusações antitruste da União Europeia (UE) no ano que vem envolvendo seu negócio de publicidade digital, o que deixaria a empresa sob o risco de ser multada em bilhões de euros pela quarta vez em solo europeu, de acordo com informações da Reuters.

O serviço Google Ads gerou mais de US$ 100 bilhões em vendas no ano passado. A divisão de anúncios digitais responde por aproximadamente 80% da receita anual da Alphabet, companhia controladora do Google.

A Comissão Europeia deflagrou uma investigação sobre os negócios de publicidade digital da gigante de tecnologia em junho do ano passado, sob a suspeita de que a empresa norte-americana esteja obtendo vantagem injusta sobre concorrentes.

O risco, segundo apuração da Reuters, é de que o Google seja multado em 4 bilhões de euros. Na última década, a empresa, ao ser penalizada pela regulação antitruste da UE, acumulou multas que, somadas, passam de 8 bilhões de euros. A expectativa é de que o órgão europeu de defesa da concorrência lance as acusações no início de 2023.

O negócio de anúncios do Google gerou quase US$ 111 bilhões em vendas no primeiro semestre deste ano. Analistas esperam que, para 2022 como um todo, a empresa fature US$ 233 bilhões com vendas de anúncios. Se confirmado, o número representará uma alta de 11% em relação ao ano anterior.

Reclamação de usuários

Especialmente na Europa, o Google também tem sido alvo de questionamentos de usuários de internet.

Grupos de consumidores da UE apresentaram uma série de reclamações no que diz respeito à privacidade ao utilizar smartphones com sistema operacional Android.

A principal queixa é de que a gigante de tecnologia viola o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) com seu processo de criação de uma conta. Acontece que, ao adquirir um smartphone que funcione com software Android, os consumidores são forçados a utilizar uma conta do Google. Na avaliação dos europeus, o processo de inscrição facilita o rastreamento de dados pessoais pela empresa. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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