Gaispi dá prazo para governo destravar rede privativa fixa
O Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) aprovou nesta quarta-feira, 13, os requisitos técnicos para a rede privativa fixa do governo, com previsão de instalação em todas as regiões do país. O início do processo de implementação, no entanto, depende do governo federal, segundo o presidente do colegiado, conselheiro Moisés Moreira.
“Ainda estamos aguardando o número de pontos [endereços], que o governo está nos devendo. Hoje, foi cobrado novamente, eu dei um prazo de que até a próxima reunião do Gaispi esse número seja apresentado”, afirmou o conselheiro. O próximo encontro está previsto para 18 de outubro.
Moreira destacou que a implementação da rede privativa já poderia estar mais avançada e cita esta como a “grande preocupação” que fica após o fim da sua gestão no comando do grupo. A reunião desta manhã foi a última presidida por ele. .
“A rede de segurança nacional depende mais do governo do que do Gaispi, porque nós estamos cobrando e aguardando a posição do governo. Nós já estamos atrasados nesse processo há 18 meses e há 18 meses nós temos cobrado isso. Temos um prazo de quatro anos para concluir essa rede privativa e já perdemos um ano e meio, praticamente. Essa é a grande preocupação”, afirmou o conselheiro.
Assim como a rede privativa móvel, “não haverá restrições de empresa”, segundo Moreira. A íntegra dos requisitos técnicos será publicada pelo grupo nos próximos dias.
Os requisitos para a rede móvel foram aprovados na reunião do Gaispi realizada no início deste mês. Inicialmente, a implementação se dará no Distrito Federal, mas o governo fala em ampliar para outros estados.
Leandro Guerra, CEO da Siga Antenado, entidade administradora da faixa, afirma que há previsão de iniciar o processo de concorrência das empresas para a rede móvel em, aproximadamente, duas semanas.