Fust: Mercadante diz ter ‘pressa’ em atender escolas
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) prioriza a aplicação dos recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) nas escolas públicas e prepara evento sobre o tema. O anúncio ocorreu nesta terça-feira, 21, pelo presidente Aloizio Mercadante, ao finalizar seminário sobre sustentabilidade promovido pela instituição.
“Nós temos R$ 1,1 bilhão do Fust, prioritariamente, para essa agenda [inclusão digital]. E também estamos trabalhando a questão da banda larga nas comunidades, favelas, periferias. Mas a nossa prioridade são as escolas públicas. É uma coisa que nós temos muita pressa”, afirmou Mercadante.
O discurso está alinhado com outro feito recentemente pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, que anunciou plataforma para mapear a velocidade da internet em cada instituição pública do país, a fim de garantir uso pedagógico em todas elas até o final de 2026.
O debate a ser promovido pelo BNDES sobre o uso do Fust para conectividade nas escolas está sendo organizado pelo ex-secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, que atualmente compõe a Comissão de Estudos Estratégicos do BNDES.
O banco planeja uma série de seminários temáticos neste ano. Além do Fust, também haverá debates sobre mercado aberto e outro sobre investimentos na saúde.
Nova gestão
O seminário promovido pelo BNDES entre esta segunda, 21, e terça-feira, ocorreu na sede da instituição, no Rio de Janeiro, com o tema Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI. A realização contou com apoio do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Em abertura realizada nesta segunda, ao listar os principais desafios do BNDES, Mercadante citou a “corrida tecnológica” e lembrou os altos investimentos dos países da Europa e Estados Unidos no setor de semicondutores, bateria de lítio, entre outros relacionados à indústria 4.0.
“Nós precisamos entender esse desafio e tentar recolocar o Brasil para atrair investimentos e disputar essas possibilidades. É um horizonte bastante complexo e nós estamos um tanto quanto atrasados”, afirmou Mercadante.
