Fórum Econômico Mundial alerta para a segurança digital
Nas últimas semanas o Fórum Econômico Mundial (FEM) classificou como preocupante para o futuro os ataques cibernéticos a empresas e pessoas, colocando em holofote a necessidade de investimento em segurança digital.
Com o mais recente estudo lançado, o FEM publicou dados relevantes e que devem manter-se no radar de empreendedores e pessoas comuns. Segundo o levantamento, o número de softwares maliciosos cresceu 435% durante o período analisado (2013- 2020). Além disso, quase meio bilhão de dólares foram perdidos por ataques digitais no ano de 2020. Dados como esse tornaram a problemática da segurança digital um foco para o encontro do FME 2022.
O Brasil deve ficar ainda mais atento a esse alerta. Com uma população ultrapassando os 200 milhões, dimensões continentais , um sistema bancário digitalizado, e cada vez mais pessoas bancarizadas, o Brasil torna-se um alvo de hackers e malfeitores.” O Brasil é um país muito inovador, o brasileiro gosta de tecnologia e o sistema bancário nacional é extremamente digital, fazendo com que o país seja um alvo para os mal intencionados. O grande problema que enfrentamos é uma baixa sensação de risco no ambiente digital. Sofremos com problemas de segurança e não identificamos.”, comenta Marco Zanini, CEO da DINAMO Networks.
Com a falsa sensação de segurança no ambiente, pouco dinheiro é investido em segurança digital. Até mesmo bancos e corretoras (setor mais avançado em segurança no país) preferem investir em apps e questões de UX designers. E empresas de todos os setores não costumam divulgar dados de tentativas de ataques, o que reitera a sensação de segurança para o cliente. “As empresas não divulgam e o cliente não fica sabendo. Como diz o ditado popular, apenas trancamos as portas com o ladrão dentro de casa”, diz Zanini.
Hoje, a maioria dos ataques bem sucedidos ocorrem devido a falha humana. Segundo o FEM, apenas 5 em cada 100 ataques com sucesso ocorrem devido a falhas sistémicas.“Muitas vezes ouvimos casos de ataques a contas de pessoas físicas ou empresas menores por golpes que exploram a boa fé da vítima. É importante lembrar que nenhuma instituição pedirá senhas em conversas por telefone, mensagens ou emails”, comenta o CEO.
Na opinião do executivo, os investimentos das empresas devem estar voltados também para a educação em engenharia social. Já se comprovou que a maioria dos ataques de sucesso acontece por falhas humanas e ter um treinamento e conhecimentos básicos de engenharia social é fundamental. Além disso, o cidadão comum deve ficar atento a ligações e mensagens suspeitas.
Ettory Jacob é estagiário em jornalismo da Momento Editorial