Focada no B2B, Mobwire passa marca dos 100 mil km de rede instalada

Vanderson Santana, diretor da Mobwire, apresentou projeto da operadora para crescer no mercado de atacado para ISPs, vendendo conectividade e integrando serviços digitais

A Mobwire, operadora do Grupo Alloha Fibra dedicada ao mercado B2B, superou a marca dos 100 mil km de fibra óptica instalada em todo o Brasil. A infraestrutura é um backbone nacional que atravessa todos os estados, explicou Vanderson Santana, diretor comercial da empresa, em apresentação no INOVAtic Nordeste 2022.

Segundo ele, a estratégia comercial da Mobwire é atender quatro grandes segmentos de mercado: provedores de internet (ISPs), governo, empresas (corporativo) e operadoras móveis. “O 5G exige infraestrutura óptica, e estamos preparados para atender essa demanda”, falou.

A Mobwire é resultado da fusão entre Wirelink e Mob Telecom. União esta promovida pelo Alloha Fibra, braço de investimento em telecomunicações do fundo EB Capital. O grupo Alloha tem mais de 1 milhão de clientes de varejo. No B2C atende em 260 cidades. Mas, como falou o Santa, no B2B está a maior parte dos negócios, com 500 cidades cobertas.

Ele contou que nos últimos anos a operadora se adaptou às transformações do mercado de telecomunicações. “Antigamente, uma empresa do setor devia fornecer bem serviços de conectividade, voz e dados. Com a pandemia, ficou evidente que é preciso ir além e oferecer uma série de serviços. Hoje nos posicionamos como uma integradora whitelabel, capaz de fornecer tudo que um provedor precisa para elaborar um pacote de serviços”, disse.

Este modelo, de entregar tudo em um pacote pronto, no qual o ISP colocará a sua marca, foi batizado pelo grupo de “single point”.

Justamente por ir além da conectividade e ter na prateleira produtos digitais, Santana diz que a Mobwire se considera mais uma empresa de tecnologia do que de telecomunicações.

“Temos soluções diversas para ISPs que vão além de telecom: omnichannel, segurança para operações, big data e analytics, hardware como serviço, conectividade feita sob medida, segurança as a service para o cliente final do ISP”, citou.

E continuou: “no caso de big data e analytics, pegamos os dados do ISP e empacotamos de forma que ele consiga extrair valor daquilo”, exemplificou.

Por fim, Santana disse que embora se vejam como empresa de tecnologia, a estratégia de construção de backbone próprio em todo o país segue inalterada. “Ainda vamos ampliar muito nossa infraestrutura”, finalizou.

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Rafael Bucco

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