Operadoras atribuem queda no pós-pago ao fechamento temporário do comércio

O fechamento de shoppings, varejos e lojas de rua em função da pandemia de Covid-19 foi a causa da retração na base de assinantes de pós-pagos em abril, segundo o SindiTelebrasil

O desligamento de meio milhão de assinantes de telefonia móvel na modalidade pós-paga em abril, coisa rara de se ver, no Brasil teve relação direta com a pandemia de Covid-19. Segundo as operadoras, consultadas pelo Tele.Síntese, o fechamento de estabelecimentos comerciais ao longo de todo o mês fizeram com que empresas de todos os portes cancelassem contratos.

“No pós-pago, a queda nos acessos em abril foi influenciada, principalmente, pelo menor nível de atividade econômica no período, com fechamento de comércio (shoppings, varejos, lojas de rua, etc)”, explica em nota o SindiTelebrasil, associação que reúne Claro, Oi, TIM e Vivo.

No primeiro mês integralmente impactado pela crise sanitária, municípios e estados baixaram regras para restringir a circulação de pessoas. Dessa forma, tentam conter a disseminação da doença e evitar sobrecargas sobre o sistema de saúde.

Em abril, houve cancelamento de 525 mil assinaturas no pós-pago, enquanto no pré-pago o saldo foi negativo em 171 mil acessos, conforme dados da Anatel. Apenas a Oi apresentou saldo positivo, ainda que baixo, de novos contratos. Todas as demais (Claro, TIM e Vivo) reportaram desligamentos.

A associação das operadoras descarta que as desconexões tenham sido resultado de ações internas de limpeza de base, como aconteceu nos últimos anos no pré-pago. “O SindiTelebrasil informa que as operadoras associadas seguem atuando de forma consistente em todas as linhas de negócio”, afirma.

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Rafael Bucco

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