Presidente da Febraban não quer custos do Open Finance só para os bancões
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, pediu ¨reciprocidade¨ entre as instituições que integram o Open Finance, para evitar desequilíbrios e onerosidade apenas sobre alguns dos participantes do ecossistema”. Ou, em outras palavras, o dirigente da entidade não quer que apenas os grandes bancos arquem com os custos que o Open Finance irá trazer.
O executivo também apontou para aspectos importantes que irão garantir o desenvolvimento adequado do sistema. Segundo ele, precisa que a implementação do Open Finance seja consistente e gradual e que haja uma estrutura de gestão e governança em funcionando adequadamente.
“Esta edição vai tratar de temas que estão mais do que moldando, estão forjando o cenário financeiro”, disse Isaac Sidney Ferreira, presidente da Febraban, na abertura do evento nesta terça-feira, 25 de junho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
O executivo lembrou que o setor bancário vai fechar o ano com investimento de R$ 45,5 bilhões em tecnologia, dos quais 10% serão destinados à cibersegurança do sistema financeiro.
Além do foco na IA, que vai perpassar os demais assuntos do Febraban Tech, o evento que acontece até quinta-feira, 27, abordará Drex, Open Finance, ESG, parceria entre fintechs e grandes bancos, entre outros temas que somam 12 trilhas a serem exploradas nos três dias.
Sobre a IA, Sidney destacou o impacto transformador dessa tecnologia em todos os aspectos do dia a dia da sociedade e na economia como um todo. “Precisamos reconhecer que a IA não é apenas uma revolução tecnológica, mas uma força capaz de redefinir, mudar negócios, empregos e a própria maneira como interagimos com o mundo. Por isso, é imperativo que a usemos com ética, garantindo que suas aplicações promovam bem estar e inclusão”, disse.
O presidente da Febraban também lançou luz para os painéis que vão discutir o Open Finance, comentando que, se bem conduzido, irá transformar a forma como as instituições financeiras vão conhecer seus clientes. Ele lembrou que até agora já foram dadas 46 milhões de autorizações pelos clientes e 1,2 bilhão de compartilhamentos entre as instituições financeiras. “Isso coloca o Brasil na liderança global em termos de Open Finance”, afirmou.
Por outro lado, apontou que três aspectos importantes para garantir o desenvolvimento adequado do sistema. Segundo ele, precisa que a implementação seja consistente e gradual e que haja uma estrutura de gestão e governança em funcionando adequadamente. Além disso, destacou: “É preciso reciprocidade entre as instituições que integram o Open Finance para evitar desequilíbrios e onerosidade apenas sobre alguns dos participantes do ecossistema”.