Facebook e Instagram também reduzem qualidade do vídeo

Medida é preventiva e tem objetivo de garantir a estabilidade das ferramentas no país, onde espera-se aumento do tempo de uso e da troca de mensagens.

O Facebook oficializou hoje, 24, que também reduziu temporariamente a qualidade dos vídeos transmitido pela plataforma e no Instagram no Brasil. Youtube fez o mesmo mais cedo, e Netflix o fará a partir de quinta-feira.

Segundo Alex Schultz, vice-presidente de análise, as pessoas estão recorrendo mais aos apps da companhia em função da pandemia de Covid-19. Na Itália, país com mais mortes causadas pelo novo coronavírus, houve aumento de 70% no tempo gasto nos apps do Facebook (que inclui Messenger, Instagram e WhatsApp). As visualizações de lives dobraram, e as trocas de mensagens aumentaram mais de 50%.

Cenário semelhante não é descartado por aqui.

O executivo afirma que o aumento da demanda não se reflete em benefícios econômicos para a rede social. “Nosso negócio está sendo afetado negativamente de maneira semelhante a muitos outros ao redor do mundo. Não geramos receita com muitos dos serviços que estão tendo aumento de uso. Além disso, temos visto um enfraquecimento em nossos negócios de anúncios nos países que tomam ações agressivas para reduzir a propagação do COVID-19”, escreve em post na internet.

Ele explica que o crescimento do uso é sustentado, diferente de momentos de pico como acontece em Ano Novo ou grandes eventos. “Para ajudar a aliviar um potencial congestionamento de rede, estamos temporariamente reduzindo a qualidade de vídeos no Facebook e no Instagram em determinadas regiões”, relata. Ao Tele.Síntese, a companhia confirmou que o Brasil está incluído nestas regiões.

Instagram

Além de medidas de instabilidade, o Instagram também passou a filtrar os conteúdos com a intenção de reduzir a disseminação de desinformação. Assim, a rede social parou de recomendar contas sobre Covid-19 que não sejam de uma organização de saúde com credibilidade. Também serão retiradas do ar contas que propaguem conteúdos falsos sobre a doença, com base na avaliação de terceiros parceiros da plataforma, e anúncios que explorem a pandemia.

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Rafael Bucco

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