Fábio Faria fica no MCom até o final do governo
O ministro das Comunicações (MCom), Fabio Faria, anunciou nesta terça-feira, 22, sua desistência a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Norte e disse que fica na pasta até o fim do governo. A informação foi dada em coletiva no Palácio do Planalto depois de reunião como Jair Bolsonaro e Rogério Marinho. Até então, Faria e Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, disputavam quem seria o candidato a senador pelo estado com apoio do presidente Jair Bolsonaro.
“Hoje venho compartilhar com vocês que permanecerei ministro das Comunicações. Não serei pré-candidato ao Senado Federal”, falou. Faria ainda informou que hoje teve uma conversa com o ministro Marinho. Segundo ele, essa decisão já tinha sido tomada, mas hoje decidiu retirar a pré-candidatura.
Na ocasião, Faria disse que Bolsonaro não interveio na decisão de deixar a disputa eleitoral, comunicada ao presidente há 15 dias. “Quero deixar claro que em nenhum momento o presidente Bolsonaro interviu nessa decisão. Todas as vezes que conversamos com ele, ele disse ‘vocês dois têm que decidir'”, afirmou.
Sem candidatura
Deputado federal pelo PSD, o ministro afirmou ainda que não será candidato a outro mandato nas eleições de 2022, nem pretenderá compor a chapa de Bolsonaro à reeleição como vice-presidente. Faria disse que continuará como ministro das Comunicações pelo menos até inaugurar a nova rede 5G nas capitais e levar internet a todas as escolas públicas brasileiras, o que ele avalia que será finalizado até o final de 2022.
“Eu ficava muito preocupado em sair do ministério agora em março e não conseguir entregar o meu maior legado, que é entregar o 5G funcionando. Nós fizemos o leilão, mas o 5G só vai estar nas 27 capitais em julho. Eu tinha muita vontade de poder visitar essas 27 capitais e apertar o botão ligando o 5G”, disse.
Quando o governo terminar, o ministro disse que voltará para a iniciativa privada, mas não deu detalhes. Também informou que não ficará no governo em um eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro.