Ericsson provisiona US$ 1,22 bilhão por conta de investigação nos EUA

Autoridades detectaram práticas de corrupção por funcionários da companhia na China, Djibouti, Indonésia, Kuwait, Arábia Saudita e Vietnã. Empresa diz que aprofundou programas de ética e conformidade, e ampliou capacidade interna de investigação.

A fabricante sueca de equipamentos de rede Ericsson informou ao mercado na noite de ontem, 25, que prevê sanções de mais de US$ 1 bilhão por parte do Departamento de Justiça e a SEC, a xerife do mercado financeiro, dos Estados Unidos. Por isso, irá provisionar US$ 1,22 bilhão no balanço do terceiro trimestre.

As sanções se devem a problemas não detalhados pela companhias, mas que teriam relação com regras anticorrupção locais. A Ericsson teria violado essas regras em seis países. Segundo a companhia, os problemas foram identificados em negociações na China, Djibouti, Indonésia, Kuwait, Arábia Saudita e Vietnã antes do primeiro trimestre de 2017.

A empresa disse que suas regras internas e sistemas para identificar tais operações tiveram deficiências e não conseguiram acender sinais de alertas adequados nem os sistemas de controle interno, o que teria facilitado para que alguns funcionários se desviassem das políticas da empresa para objetivos “escusos”. Os envolvidos, diz a companhia, foram punidos. Na sequência, a Ericsson afirma ter atualizado seus programas de ética e conformidade.

“Nos últimos dois anos fizemos investimentos significativos em nossos programas de ética e conformidade, incluindo nossa capacidade investigativa, e agimos contra empregados que transgrediram nossos valores e padrões”, afirmou Borje Ekholm, CEO da empresa.

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Rafael Bucco

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