Ericsson prevê 2023 instável; lucro cai 46% no primeiro trimestre
A Ericsson divulgou, nesta terça-feira, 18, os resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março, a companhia sueca obteve lucro líquido de 1,6 bilhão de coroas suecas (aproximadamente US$ 160 milhões). O montante aponta queda de 46% na comparação com o mesmo período de 2022, quando a empresa auferiu lucro de 2,9 bilhões de coroas suecas (US$ 280 milhões).
A receita líquida, por outro lado, somou 62,6 bilhões de coroas suecas (US$ 6,07 bilhões), alta de 14% sobre a registrada no primeiro trimestre de 2022 (55,1 bilhões de coroas suecas, ou US$ 5,34 bilhões).
O destaque foi a divisão corporativa, cuja receita avançou 275%, passando de 1,6 bilhão de coroas suecas (US$ 160 milhões), nos três primeiros meses de 2022, para 6 bilhões de coroas suecas (US$ 580 bilhões), no primeiro trimestre deste ano.
A divisão de serviços e software em nuvem cresceu 11%, somando 13,4 bilhões de coroas suecas (US$ 1,3 bilhão) na abertura de 2023. No mesmo período de 2022, o faturamento tinha sido de 12,1 bilhões (US$ 1,17 bilhão).
A receita do negócio de redes chegou a 42,5 bilhões de coroas suecas (US$ 4,12 bilhões), avançando 4% na comparação anual (40,7 bilhões de coroas suecas, ou US$ 3,95 bilhões).
Por recorte geográfico, a Ericsson reportou que os negócios avançaram 138% na região do Sudeste Asiático, Oceania e Índia, somando 13,9 bilhões de coroas suecas (US$ 1,35 bilhão), impulsionados por ganhos de participação de mercado 5G no território indiano.
Nas demais partes do mundo, houve declínio. A receita caiu 20% no Nordeste da Ásia, 18% na América do Norte, 7% na Europa e na América Latina e 3% no Orienta Médio e na África.
“Continuamos a ver um ambiente instável durante 2023”, afirma Börje Ekholm, presidente e CEO da Ericsson, em trecho do balanço financeiro.
Para o futuro, no entanto, a fabricante de soluções e equipamentos de telecomunicações tem uma visão mais otimista, citando uma possível recuperação do mercado de redes móveis em 2024.
“Nossa estratégia está valendo a pena e estamos entusiasmados com nossa posição de capitalizar o valor total do 5G. Estamos conduzindo nossa transformação para uma empresa de plataforma com foco na criação de uma Ericsson mais forte e mais rentável com um mercado endereçável maior”, conclui o executivo.
Em fevereiro deste ano, a companhia anunciou a demissão de 8.500 empregados em todo o mundo.