Com receita em queda, Ericsson prevê mais cortes

Empresa admite demissões no terceiro trimestre, mas não cita números. Informa que ampliou a meta de economia para 2017 em pelo menos US$ 116 milhões.

graficos 18A Ericsson divulgou nesta terça-feira, 19, os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano. A fornecedora de infraestrutura de telecomunicações amargou redução de 11% na receita do período, quando comparado ao mesmo trimestre de 2015, para 54,1 bilhões de coroas suecas – equivalente a US$ 6,28 bilhões.

Outras métricas também caíram, como margem líquida, margem operacional e lucro líquido. Este último encerrou o período 26% mais baixo, somando US$ 185,7 milhões. A receita da empresa com venda de infraestrutura de redes caiu 14% no segundo trimestre, em relação a um ano antes. O segmento de serviços globais e o de soluções de suporte encolheram, cada, 7%.

Entre os motivos estariam o resultado ruim em países como Brasil, Rússia e da região do Oriente Médio, afetados por problemas macroeconômicos e pelo desaquecimento das vendas em soluções para banda larga móvel.

Diante do desempenho, a companhia resolveu ampliar me 10% o programa de retenção de despesas, que previa economizar US$ 1 bilhão até 2017. A empresa incluiu agora metas para cortar custos com pesquisa e desenvolvimento de redes IP e de reestruturação corporativa. Com essas duas medidas, espera economizar mais US$ 116 milhões. A nova estrutura corporativa já começou a funcionar no começo do mês. Novos cortes de funcionários devem acontecer no terceiro trimestre, disse o CFO Jan Frykhamar ao noticiário internacional.

A Ericsson diz que a parceria firmada com a Cisco no final de 2015, para entregar soluções fim a fim, já rendeu 30 contratos. “Um bom resultado para se chegar à meta de receita adicional de US$ 1 bilhão em 2018”, diz Hans Vestberg, CEO da Ericsson. O Brasil é o único país onde a estratégia empacou: ainda depende da aprovação regulatória.

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Rafael Bucco

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