Ericsson e Telefónica assinam acordo de Cloud RAN para redes móveis

Segundo as empresas, a colaboração deve tornar as redes de acesso por rádio abertas em nuvem uma solução com escala industrial; tecnologia também terá pilotos na Europa
Ericsson e Telefónica fecham acordo para adoção de Cloud RAN em redes móveis
Acordo de Cloud RAN entre Ericsson e Telefónica mira acelerar adoção da tecnologia (crédito: Freepik)

A Ericsson e o Grupo Telefónica, controlador da Vivo no Brasil, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para acelerar a adoção de redes abertas construídas na arquitetura de Cloud RAN da fabricante sueca.

Em comunicado conjunto divulgado nesta terça-feira, 26, as empresas destacaram que a colaboração baseada na arquitetura Open RAN “mostrará os benefícios das redes desenvolvidas seguindo os princípios da computação em nuvem” e deve tornar a Cloud RAN uma solução de “escala industrial, [com] alto rendimento e eficiente em custos”.

A nota também diz que as companhias explorarão como implantar sites de Cloud RAN com alto grau de automação, seguindo os princípios da computação em nuvem.

Em linhas gerais, a plataforma Ericsson Cloud RAN permite que provedores de serviços de comunicação construam redes públicas e novas redes direcionadas a aplicações empresariais – na semana passada, a fabricante anunciou que o serviço será disponibilizado por meio do portfólio do Google.

Com o acordo entre Ericsson e Telefónica, a expectativa é de que ambas multinacionais se aproveitem da infraestrutura 5G existente para acelerar a evolução das redes de acesso por rádio (RAN, sigla em inglês).

“A transição da rede para operações baseadas em software e a evolução para arquiteturas de redes abertas e desagregadas aumentarão a flexibilidade, permitirão novas arquiteturas e modelos de rede e impulsionarão a inovação”, diz Enrique Blanco, diretor global de Inovação Tecnológica da Telefónica, em nota.

Pilotos

No anúncio de divulgação da parceria, as empresas sinalizam que vão “testar, implantar e desenvolver em conjunto a tecnologia Cloud RAN com a implementação de pilotos na Europa”.

Há pouco mais de dois meses, a Ericsson e a O2 Telefónica, subsidiária da companhia espanhola na Alemanha, anunciaram que, por meio de uma rede 5G aberta em nuvem, conseguiram alcançar velocidades de mais de 4 Gbps em um teste envolvendo ondas milimétricas.

Segundo as empresas, a solução “data shower” (banho de dados, em tradução livre) pode ser aplicada, por exemplo, na produção de automóveis.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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