Entrada de usuários 3G na Nextel não compensa desligamentos iDEN

EBITDA da operadora ficou positivo, após crescer 229%. Ainda assim, empresa fechou o trimestre com prejuízo de R$ 290,2 milhões

Logo NextelA operadora Nextel divulgou nesta quarta-feira, 10, o resultado financeiro do primeiro trimestre de 2017. A empresa teve receita de R$ 765,2 milhões, o que equivale a uma retração de 11,2% sobre o mesmo período de 2016. Nos três primeiros meses do ano a empresa registrou acréscimo de 38 mil usuários 3G a sua base, mas perdeu 115 mil clientes iDEN.

Em um ano, a empresa viu sua base iDEN cair pela metade, passando a 686,3 mil clientes ao final de março último. A base 3G (WCDMA) cresceu, mas não no mesmo ritmo. Passou de 2,7 milhões de usuários para 2,87 milhões ao final do primeiro trimestre deste ano. Ao todo, a companhia tem 3,5 milhões de assinantes, 11,5% menos que um ano atrás.

O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) da empresa cresceu 229%, para o equivalente a R$ 38,72 milhões. Esse aumento se deveu à redução dos gastos com subsídio a smartphones, que foi cortado em 77% na comparação ano-a-ano. A empresa também reduziu os custos com compra e estoques de celulares em 22%.

O desempenho ficou abaixo dos custos totais da companhia, que terminou o trimestre com um prejuízo líquido de R$ 290,2 milhões, um aumento de 153% sobre o resultado do mesmo período de 2016. Diante dos números, a controladora da empresa reforçou do relatório financeiros temores de que a companhia pode entrar em calote já em 2018.

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Rafael Bucco

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