Encontrar profissional capacitado para IA e telecom é desafio, diz TIM

Operadora conta com comitê para avaliar custo-benefício de ferramentas inteligentes e adota ações para atrair especialistas nos ramos de tecnologia generativa e telecomunicações
TIM aponta dificuldade para atrair especialistas em IA generativa
TIM tem trabalhado para superar o desafio de recrutar especialistas em IA generativa (crédito: TeleSíntese)

Dando os primeiros passos no uso de Inteligência Artificial (IA) generativa, a TIM tem preferido, inicialmente, usar a tecnologia em processos internos. A operadora, no entanto, tem tido dificuldades para encontrar profissionais capacitados para aplicar e desenvolver soluções generativas direcionadas às operações de telecomunicações, revelou Ana Luiza Palestino, diretora de Soluções Digitais da TIM Brasil, nesta terça-feira, 24.

Segundo ela, diante da falta de especialistas, a tele tem posto em prática uma série de ações para complementar o quadro funcional com os colaboradores necessários. Isso envolve a formação de um comitê sobre IA e o recrutamento de profissionais de TI, mesmo que nunca tenham tido contato com o mundo das telecomunicações.

“Com esse boom da IA, tivemos uma questão relacionada a pessoas. Estamos tentando atrair pessoas para trabalhar com isso”, disse a executiva, durante o evento SAS Innovate on Tour, em São Paulo. “Desenvolvemos um time interno de IA com conhecimento de telco e estamos trazendo pessoas que já conhecem IA, mas ainda precisam aprender sobre telecom”, acrescentou Ana Luiza.

No momento, a tele tem dois projetos de IA generativa em andamento. Ambos tem como objetivo o uso por funcionários, sobretudo os atendentes do serviço de call center e os vendedores das lojas físicas.

Além disso, a executiva destacou que a empresa tem trocado o motor de buscas pelo ChatGPT – ela não revelou qual sistema a operadora utilizava.

“Já apuramos ganhos expressivos de TMA [tempo médio de atendimento], reduzimos um tempo significativo e estamos muito contentes com o resultado”, pontuou.

Ana Luiza ainda disse que os projetos de IA generativa passam por um comitê responsável por avaliar o custo-benefício das aplicações. As tecnologias, antes de seguirem para a etapa de implementação, também são analisadas pela área de segurança da operadora.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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