Empresas recorrem à ONU contra poluição por plástico
A ONU recebeu um manifesto gerado por empresas e instituições financeiras enviam um manifesto à ONU sobre a importância de se criar um tratado legal para deter a poluição por plástico no planeta. Esta é a primeira vez que mais de 70 líderes da indústria se unem para defender uma política de tamanha envergadura em um momento crucial, poucos meses antes de ser realizada a Assembléia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA).
O novo manifesto gerado por empresas e instituições financeiras inclui o reconhecimento explícito da necessidade de reduzir a produção e o uso de plástico virgem.
A declaração aponta a gravidade da atual crise do plástico, que necessita de esforços globais imediatos e combinados que sejam capazes de resolver o problema pela raiz – e também ao longo do seu ciclo de vida, em paralelo com a visão de uma economia circular para os plásticos.
A pressão sobre a comunidade internacional por um tratado juridicamente vinculativo aumenta: mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo assinaram uma petição da WWF e mais da metade dos estados membros da ONU também apoiaram os pedidos por um tratado.
O manifesto das empresas está fortemente alinhado com uma resolução para estabelecer um mandato de negociação para um novo tratado que foi apresentado para a próxima UNEA por um grupo de 42 países, liderado por Ruanda e Peru.
As discussões sobre o escopo e a ambição do novo tratado proposto estão em andamento e serão cruciais para determinar se este tratado será capaz de cumprir o objetivo de eliminar a poluição plástica.
Andrew Morlet, CEO da Fundação Ellen MacArthur, afirma: “A poluição plástica é um problema global que exige que empresas e governos trabalhem juntos no desenvolvimento de soluções. Hoje é a primeira vez que tantas empresas líderes se reúnem e pedem um tratado robusto e juridicamente vinculativo com regras e regulamentos comuns”, disse Andrew Morlet, CEO da Fundação Ellen MacArthur.
Principais pontos do Manifesto
Em sua declaração as empresas pediram um tratado que inclua políticas upstream e downstream, com o objetivo de manter os plásticos na economia e fora do meio ambiente, reduzir a produção e o uso de plásticos virgem e dissociar a produção de plástico do consumo de recursos fósseis.
Um outro ponto abordado no manifesto é que se estabeleça uma direção clara para alinhar governos, empresas e sociedade civil por trás de um entendimento comum das causas da poluição plástica e uma abordagem compartilhada para abordá-las.
Além disso, forneça uma estrutura de governança robusta para garantir a participação e conformidade dos países, com definições comuns e padrões harmonizados aplicáveis a todos. Isso facilita investimentos para escalar inovações, infraestruturas e proficiências nos países e indústrias que mais precisam de apoio internacional.
O manifesto é baseado no relatório relatório da Fundação Ellen MacArthur, do world (WWF) e do Boston Consulting Group (BCG), apontando a necessidade de um tratado para combater a poluição plástica, além da importância de se estabelecer padrões globais e garantir que todos os países e negócios estejam cumprindo seus papéis.
(Com assessoria)