Empresas de satélites apoiam com alterações nova coleta de dados

Sugestões postadas em consulta pública vão desde simplificação dos formulários e tratamento sigiloso dos dados

Crédito: Freepik

As empresas de satélites aprovam a proposta de coleta de dados do setor, que passaria a ser anual em vez de duas vezes por ano, mas ressaltam que informações que não podem sofrer alterações deveriam ser excluídas dos formulários. É o caso de tipo de órbita, posição orbital ou nome comercial do satélite.

A sugestão é do Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat) em consulta pública da Anatel da proposta do novo sistema de coleta de dados do setor. Para a entidade, a repetição de dados já conhecidos pela agência onera as empresas.

Posição semelhante defende a Inmarsat. A empresa ressalta que a coleta de dados técnicos-operacionais realizada ano passado (2022) exigiu das operadoras dedicarem bastante tempo para reunião e organização das informações, preenchimento das tabelas com os dados da Estação Espacial, Feixe Contorno, Transponder Ocupação e Telemetria – Beacons e principalmente, submissão dos arquivos no sistemade coleta, já que a validação dos arquivos era interdependente.

Para a empresa, caso o tipo de recorrência da coleta de dados fosse alterado para anual e a duração da janela de envio fosse estendida para 60 dias, o envio dos dados técnicos-operacionais à Anatel seria muito menos oneroso, sem que isto afetasse ou prejudicasse as finalidades almejadas pela agência.

A Sky, por sua vez, defende um caráter sigiloso às informações técnico-operacionais a serem enviadas à Anatel. A título de exemplo, cita as informações apresentadas nos campos Feixe_Poligono_Contorno e Feixe_Nivel_EIRP_GT. Diz que estão “intimamente” relacionadas a aspectos técnicos da operação, como as áreas de cobertura e níveis de potência do sinal no uplink e downlink. No campo TPDR_Ocupação_Total, por sua vez, são apresentadas informações sobre ocupação de transponders.

“Essas informações técnicas estão ligadas a gestão da operação das prestadoras, e são relevantes para elaboração de sua estratégia de negócio, devendo ser obrigatoriamente tratadas em caráter sigiloso”, opina a Sky na consulta pública sobre coleta de dados de satélites. Essa sugestão tem o apoio do Sindisat.

Avatar photo

Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

Artigos: 1588