Embratel vai implementar 5G na usina da Gerdau em Minas
A Gerdau e a Embratel fecharam um acordo para implementar uma rede privativa dedicada ao 5G e LTE 4G. A rede será implementada na Usina de Ouro Branco (MG) habilitando a indústria do aço com 5G da Claro.
Com isso, cria-se um backbone (rede de transporte) de TI para a evolução da digitalização da empresa brasileira produtora de aço. Este é o primeiro regsitro de um projeto de uso da quinta geração da internet móvel no setor do aço na América Latina.
O projeto é desenvolvido pela Embratel e incluirá a instalação de diversas torres no local para ampliar a abrangência da conectividade e as possibilidades de automação.
Fases e espectro
Dividido em três fases, o projeto que une Gerdau e Embratel será iniciado com a instalação de uma rede privativa LTE 4G com capacidade total de 256 Mbps. Já nessa etapa, a área coberta será maior do que a atual, possibilitando o aumento da abrangência das iniciativas da Indústria 4.0 já adotadas na unidade.
Na segunda fase, o 5G da Claro, na frequência 3.5 GHz, será adicionado à rede LTE 4G. Com o 5G e o LTE 4G, a planta passará a ter uma capacidade muito maior, totalizando 3,8 Gbps.
A terceira etapa envolverá o adensamento da rede privativa LTE 4G e 5G para fornecer ainda mais capacidade combinada, chegando a 4,8 Gbps; e ampliar a cobertura para toda a extensão operacional da planta.
O projeto inclui espectro licenciado, sem interferências, e altos padrões de segurança. Cada máquina conectada receberá um SIMCard exclusivo para acessar a rede. Com isso, a autenticação do equipamento será automática, sem a necessidade do uso de senhas para conexão.
A usina
A usina de Ouro Branco, localizada na região central de Minas Gerais, tem 35 anos de operação integrada. A unidade tem capacidade 3,9 milhões de toneladas de aço bruto por ano, em uma planta de 10 milhões m² de área.
Atende os mercados de construção civil, automotivo, agrícola, energia, naval e ferroviário. Há mais de 7 mil colaboradores circulando diariamente na planta, entre próprios e terceiros, sendo a maior parte deles moradores da região, que residem em Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete e Congonhas.
Estimativas indicam que as soluções de tecnologia e monitoramento instaladas na usina de Ouro Branco possibilitaram uma redução de custo para a empresa na ordem de R$ 50 milhões, entre 2018 e 2020.