Embratel quer ser vista como integradora

Empresa anunciou novos produtos em TI, atendimento a cliente e consultoria. Estratégia é oferecer sempre mais do que telecomunicações para o mercado corporativo

A Embratel lançou hoje (12) três novos serviços durante o congresso CIAB Febraban, em São Paulo. A s soluções são para áreas distintas, abarcam desde consultoria ao omnichannel, e são destinadas a empresas de qualquer porte.

Integrante do grupo Claro Brasil, a Embratel é mais conhecida pelos serviços de telecomunicações. Mas segundo seus executivos, está no caminho para ser reconhecida mais como integradora do que como operadora.

Antonio João Filho, diretor executivo da Embratel para o mercado financeiro, afirma que a mudança de imagem e escopo faz parte da estratégia da empresa.

“Os grandes grupos do país já nos reconhecem como integradora. O esforço é mostrar para o restante do mercado. Esses serviços e ações que lançamos hoje vão para mudar a nossa cara”, garante.

O executivo diz que aparecer como integradora não afastará a receita com telecom, ainda core da divisão. Isso porque o processo digitalização das empresas depende da conectividade. “Esses serviços ganham importância. Todo cliente que faz transformação digital, precisa de mais telecom”, diz.

Em busca de inovação

Para garantir seu espaço como integradora, a empresa vem recorrendo a conceitos de desenvolvimento ágil, design thinking e se aproximado de startups. Há quatro meses montou um espaço no InovaBra, em São Paulo. O ambiente foi criado pelo banco Bradesco e reúne dezenas de empresas, muitas das quais, startups que trocam conhecimento entre si.

Ali, a Embratel presta serviços de “ideação”, em que desenvolve soluções que podem, ou não, ser baseados em novidades das empresas residentes, um modelo similar ao de inovação aberta. A operadora avalia fazer aportes sistemáticos em startups, mas ainda não estabeleceu data para iniciar esse tipo de ação.

Produtos

Nesta terça-feira a empresa lançou um serviço de análise de vulnerabilidade e teste de intrusão (PenTest). O produto é indicado para empresas que desejam testar a robustez de aplicações oferecidas ao consumidor final. Foi desenvolvido pela Scitum, empresa do grupo Claro Brasil.

Faz parte do serviço avaliar os problemas de aplicações e prestar consultoria para solucioná-los. “A própria Embratel pode ser contratada para resolvê-los”, lembra Mario Rachid, diretor de soluções digitais.

Outro produto anunciado é a Connect Cloud. Trata-se de serviço em nuvem de rede definida por software (SDN) baseado na plataforma OpenStack. Funciona tanto em nuvens privadas, quanto públicas ou híbridas. Permite que o cliente acrescente ou reduza a quantidade de servidores em uso a partir de um dashboard. E o pagamento pode ser no modelo pay per use ou por reserva de demanda.

Por fim, a empresa anunciou uma solução de omnichannel, que usa tecnologia da Genesys. O serviço permite integração da cadeia de atendimento, em todos os canais – digitais ou telefônico. Já é usado na NET. Mais uma vez, a Embratel entra não apenas vendendo a solução. Faz o diagnóstico das necessidades dos clientes para, só depois, integrar as tecnologias necessárias.

Conforme Rachid, a aposta na integração de serviços já rende resultados. O núcleo comandado pelo executivo, de serviços digitais, cresceu dois dígitos no último ano, e deve repetir a marca neste, prevê.

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Rafael Bucco

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