Eleição 2022: maioria das lideranças nas CCTs não é reeleita
O resultado do 1º turno das Eleições de 2022 apontam que as Comissões de Ciência e Tecnologia (CCTs) do Congresso Nacional terão novos nomes nas suas presidências a partir do ano que vem. Isto porque a maioria dos parlamentares que ocupava cargos de liderança no colegiado não conseguiu votos suficientes ou investiu em outra candidatura.
Na Câmara dos Deputados, o presidente da CCT, Milton Coelho (PSB/PE), será apenas suplente nos próximos quatro anos. Todos os três vice-presidentes da comissão tentaram a reeleição, sem sucesso – Gustavo Fruet (PDT/PR), Denis Bezerra (PSB/CE) e Angela Amin (PP/SC).
Já no Senado Federal, o atual presidente da CCT, Rodrigo Cunha (União/AL), disputa o segundo turno para governador em Alagoas e tem o apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), que se reelegeu na Casa contando com o eleitorado do presidente Jair Bolsonaro.
Desta forma, Cunha é o único parlamentar com destino incerto entre aqueles que atualmente ocupam alguma posição na presidência das CCTs, já que o seu vice no colegiado, Jean Paul Prates (PT/RN) não conseguiu se reeleger.
Titulares
Apesar da insuficiência de votos quase total entre presidentes e vice-presidentes das CCTs nesta Eleição de 2022, parlamentares atuantes nas pautas de telecomunicações renovaram seus cargos no Legislativo, é o caso do deputado Vitor Lippi (PSDB/SP) e Eduardo Cury (PSDB/SP), agora suplente – respectivamente, autor e relator do PL do Silêncio Positivo.
André Figueiredo (PDT/CE) também conseguiu reeleição na Câmara dos Deputados, onde apresentou nos últimos 3 anos mais de 15 proposições na temática de telecomunicações.
Dos 13 atuais titulares na CCT do Senado, apenas dois não se reelegeram. Além de Prates, atual vice que não se reelegeu, o senador Paulo Rocha (PT-BA) encerra o mandato em 2022, já que não se candidatou novamente por escolha do partido.
Já na Câmara, entre os 24 titulares na CCT, sete tentaram a reeleição, mas não obtiveram votos suficientes. Além do presidente do colegiado e os três vices, ficam de fora a partir de 2023 os deputados Denis Bezerra (PSB/CE), Vinicius Point (NOVO/SP) e Perpétua Almeida (PCdoB/AC).
Novo Congresso
Houve crescimento da base do governo de Jair Bolsonaro tanto na Câmara quanto no Senado.
Especificamente entre senadores, 13 dos 27 novos parlamentares foram eleitos por apoiadores do atual presidente da República, entre eles, os ex-ministros Damares Alves (Republicanos-DF), Tereza Cristina (PP), Marcos Pontes (PL-SP), seu atual vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) , além de nomes muito próximos, como Rogério Marinho (PL-RN), Wilder Morais (PL-GO), Jaime Bagatoli (PL-RO), Alan Rick Miranda (União), Hiran Gonçalves (PP-RR), Efraim Filho (União-PB) e Jorge Seif (PL-SC).
Na Câmara, a bancada do PL cresceu 30%, passando de 76 deputados para 99, se tornando a maior da Casa. A federação PT, PCdoB e PV aparece em segundo, com 80 parlamentares, mas com um crescimento menor em comparação aos adversários políticos, de 17% – antes eles somavam 68 deputados.