Efeito de enchente no RS sobre PIB do Brasil é incerto, diz FMI

Órgão internacional elevou de 2% para 2,5% a previsão do crescimento do produto interno bruto (PIB) do Brasil no médio prazo

Efeito de enchente no RS sobre PIB do Brasil é incerto, diz FMI

Ao divulgar as projeções para o produto interno bruto (PIB) do Brasil nesta terça-feira, 28 de maio, o Fundo Monetário Internacional (FMI) observou que os riscos para as perspectivas de crescimento melhoraram desde as consultas realizadas pelo órgão no ano passado.

No entanto, o FMI afirmou que as estimativas dos efeitos macroeconômicos e fiscais adversos das enchentes no Rio Grande do Sul ainda são incertas.

“Um sistema financeiro sólido, reservas cambiais suficientes, a baixa dependência de endividamento em moeda estrangeira, as grandes reservas de caixa do governo e a taxa de câmbio flexível continuam a respaldar a resiliência do Brasil”, disse o órgão em comunicado à imprensa.

Apesar das incertezas sobre o impacto das inundações no Rio Grande do Sul sobre a economia do do Brasil, o FMI elevou a previsão do PIB do país em 0,5 ponto percentual. A organização projeta que a economia brasileira cresça 2,5% este ano.

A expectativa da implementação do imposto sobre valor agregado e o aumento da produção de hidrocarbonetos são citados como fatores que contribuem para essa melhora da projeção do PIB.

“Com vistas ao futuro, dadas as fortes condições do mercado de trabalho e as expectativas de inflação acima da meta de 3%, é prudente manter a flexibilidade do ciclo de redução dos juros”, alerta o FMI.

O organismo internacional destacou ainda o superávit comercial, que garantiu uma diminuição no déficit em conta corrente no ano passado.

PIX

Outro destaque feito pelo FMI foi quanto à agenda de inovação financeira seguida pelo Banco Central (BC). De acordo com o órgão, isso resultou na inclusão financeira, na eficiência e na concorrência.

“A adoção do Pix, o sistema de pagamento instantâneo, continua a se expandir, fazendo do Brasil um líder mundial em transações per capita. O BCB também está na vanguarda das moedas digitais dos bancos centrais, com sua iniciativa emblemática Drex, enquanto procura resolver desafios em termos de privacidade e segurança”, observou o FMI no comunicado à imprensa.

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Da Redação

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