Dinheiro da faixa de 26 GHz para conexão de escolas será administrado pela EAF

As operadoras que comprarem este espectro no leilão do 5g não terão que, elas próprias, cumprir as metas de conexão das escolas, que poderão ser atendidas por outras empresas e outras tecnologias.

26 GHz

As operadoras que comprarem os lotes de frequências de 26 GHz no leilão do 5G da Anatel não precisarão arcar com o compromisso de conectar, elas próprias, as escolas públicas brasileiras com esse espectro. Este é o entendimento do conselheiro Carlos Baigorri, em live promovida hoje, 20, pelo Tele.Síntese, que sugere que os recursos arrecadados com os lances para essa faixa sejam também depositados em uma conta única e administrados pela mesma entidade (a EAF) que ficará encarregada de tocar a construção da rede privativa de governo e da rede da Amazônia Conectada.

” Os proponentes vencedores da faixa de 26 GHz não terão a responsabilidade de conectar as escolas, mas os recursos, ao invés de serem pagos à União, serão depositados na conta da EAF e serão utilizados para a conexão das escolas, nos termos do planejamento a ser definido pelo Ministério da Educação”, afirmou Baigorri.

Segundo Baigorri, o valor previsto a ser arrecadado com a venda de todos os lotes desta frequência de micro-ondas, que soma R$ 6,3 bilhões, será integralmente destinado à conexão das escolas, conforme determinação a ser confirmada pelo Tribunal de Contas da União, que, embora já tenha firmado maioria, ainda não concluiu a votação final sobre o edital.

Conforme o Conselheiro, a conexão das escolas, que irá acompanhar os projetos do MEC, não necessariamente será feita com o uso da frequência de 26 GHz, e poderão ser usadas outras formas de conexão, para contemplar maior número de escolas.

“Em alguns locais pode não fazer qualquer sentido conectar as escolas em 26 GHz . A EAF pegará esses recursos e poderá contratar outras empresas, como ISP, ou outras tecnologias para a execução do programa”, afirmou.  Ele observou que se a Anatel tivesse que definir as escolas, calcular os custos e tipos de conexão antes do leilão, o certame se atrasaria por vários meses.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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