Desvalorização do real impacta receitas do grupo Telefónica em 2018
Depois da divulgação de ontem, 25, dos bons resultados da Telefônica Vivo no Brasil (que registrou crescimento nos lucros de mais de R$ 1 bilhão), hoje, 26, a controladora espanhola divulgou também o seu resultado financeiro operacional do primeiro trimestre de 2018. E a forte deslavorização do real, no Brasil, e do peso argentino acabou afetando as receitas do grupo, em euros. Conforme a empresa, essa depreciação provocou impacto negativo em todas as principais métricas financeiras.
Por isso, as receitas caíram 7,2% e o Ebitda (fluxo de caixa) reduziu 5,6% . A operadora destaca que, enquanto a desvalorização cambial afetou diretamente o caixa da empresa, o mesmo não ocorreu com o desembolso em impostos, juros e investimentos, que apenas caíram 26 milhões de euros no período. Sem essa desvalorização, o crescimento orgânico seria de 1,9% nas receitas e de 3,3% no Ebitda.
A venda de aparelhos foi um dos destaques do período, quando as receitas aumentaram 16,5%. A Telefónica reportou receitas de €12,19 bilhões, contra € 13,13 bilhões de primeiro trimestre de 2017. O Ebitda foi de € 3,86 bilhões, contra € 4,094 bilhões de mesmo período de 2017. Os lucros cresceram 11,2% , para € 900 milhões, contra € 809 milhões ano-a-ano.
O grupo apresentou uma ligeira queda no número total de clientes (-1%), e ficou com 356,9 milhões, mas ressalta que os serviços de maior valor tiveram crescimentos expressivos. Os usuários com LTE já são 102,9 milhões, crescimento de 36% ano-a-ano. A base de clientes de FTTx-Cable também aumentou 20%, e hoje são 11,5 milhões. Houve adição líquida de 530 mil usuários de banda larga fixa.
Os investimentos somaram € 1,49 bilhão. O Ebitda teve margem de 31,7% e o tráfego médio de dados já registra 2 Gbps por minuto.