Desktop registra prejuízo no primeiro balanço após abertura de capital

Companhia avisa, no entanto, que perdas se devem a fatores não recorrentes, como custos com aquisições e com o próprio IPO, além das despesas com expansão da rede. Lucro bruto cresceu 82%.
Crédito: Freepik
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A Desktop divulgou na noite desta segunda, 16, os resultados do segundo trimestre. A divulgação é a primeira feita pela empresa desde que abriu capital na bolsa, em julho. A operadora regional registrou expansão das receitas e do EBITDA, mas obteve prejuízo líquido em função de despesas com aquisições, IPO, entre outros.

Assim, a Destkop faturou no segundo trimestre o montante bruto de R$ 92,3 milhões, uma alta na comparação ano a ano de 90%. A receita líquida de serviços cresceu 91%, e atingiu R$ 73,48 milhões. Já o lucro bruto saltou 82%, para R$ 54,6 milhões.

O EBITDA – lucro antes de juros, depreciações, amortizações e impostos – somou R$ 22,12 milhões, alta de 37% na comparação com segundo trimestre de 2020.

Considerando amortizações e depreciações, além de custos, houve prejuízo líquido de R$ 1,26 milhões.

A companhia encerrou o 2T21 com uma Dívida Bruta de R$ 422,8 milhões, aumento de 1.171% quando comparada com uma Dívida Bruta de R$ 33,3 milhões no 2T20. A variação é reflexo da emissão de debêntures e obtenção de empréstimos e financiamentos de longo prazo para suportar o crescimento, afirma.

No entanto, considerando os recursos provenientes do IPO realizado em 21 de julho de 2021, a companhia aumentou sua posição de caixa em R$ 683 milhões, “passando para uma posição de caixa líquido de R$ 354,6 milhões e com ampla cobertura para seus compromissos de curto e longo prazo”, explica no relatório.

Quanto à operação, o grupo terminou junho com 1,58 milhão de casas passadas, um crescimento de 182% ano a ano. A empresa reporta alta de 108% na base de clientes, chegando a 333 mil deles. Desses, 84 mil vieram na carteira de empresas compradas pela Desktop nos últimos 12 meses.

A Desktop alcançou no final de junho 54 cidades atendidas no estado de São Paulo. Crescimento de aproximadamente 3x o número de cidades que atendia no 2T20. “Todas as novas cidades estão no estado de São Paulo, em linha com a estratégia da Desktop de expandir geograficamente para áreas adjacentes à operação da Companhia”, ressalta no balanço.

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Rafael Bucco

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